Antes carro-chefe, agropecuária derrubou crescimento do PIB de MS
Em 2009, produção de riquezas cresceu apenas 0,4%, contra 6,4% que haviam sido registrados em 2008
O PIB (Produto Interno Bruto), soma das riquezas produzidas pela economia, fechou o ano de 2009 em R$ 36,3 bilhões, com uma evolução de 0,4% em Mato Grosso do Sul, o 17% no ranking entre os estados. Foi um desempenho bem abaixo do resultado de 2008, quando o PIB estadual evoluiu 6,4%, atingindo R$ 33 milhões, o oitavo maior crescimento à época.
O PIB per capita em 2009 foi de R$ 15 406,96 a nona posição do ranking brasileiro.
A culpa por esse crescimento tão menor, conforme o estudo Contas Regionais 2005-2009, divulgado hoje pelo IBGE, foi justamente do setor que sempre foi o carro-chefe da produção agropecuária. É que no ano pesquisado, o volume da produção rural encolheu 13,5%, em razão das condições climáticas adversas.
De acordo com o IBGE,a falta de chuva na época de crescimento das culturas e o excesso no período de colheita em algumas regiões do estado, provocou redução
de 40,6% na produção de milho em grão e -11,5% na produção de soja em grão.
Só não foi pior porque, por outro lado, a produção da cana-de-açúcar teve incremento de 18,1%, com aumento de 13,2% na área plantada incentivada pela instalação de novas usinas no estado.
Ruim também na pecuária-Conforme os dados, o resultado negativo da agropecuária foi reflexo, ainda, da queda de 1,7% no volume de riquezas da pecuária e pesca, ocasionado, principalmente, pela queda de 2,1% em volume do valor adicionado bruto da atividade de criação de bovinos.
Em 2009, aponta o instituto, muitos frigoríficos no estado tiveram suas atividades reduzidas ou paralisadas.
A atividade industrial teve resultado positivo. Fechou o ano de 2009 com volume de 2,9%. A indústria de transformação, que representa quase 50% da atividade industrial, produziu um volume de riquezas 1,5% maior.
O destaque foi a entrada em operação do complexo industrial voltado para a produção de celulose e papel, e do crescimento de 2,6% da indústria de alimentos e bebidas.
Além da Indústria de transformação a atividade de Produção e distribuição de eletricidade, gás, água e esgoto e limpeza urbana também teve em volume positiva, 22,8%.
A indústria extrativa com retração de 2,2% foi afetada pela redução na produção dos principais produtos (minério de ferro e manganês).
O setor de serviços, responsáveis por 66,0% do valor adicionado bruto ao PIB em 2009, um pouco a mais que os 65,8% no ano anterior, fechou o ano de 2009 com crescimento em volume de 2,7% sobre igual período do ano anterior.
Região-Apesar do desempenho inferior de Mato Grosso do Sul, o Centro-Oeste foi o destaque no PIB de 2009, com crescimento de 0,8 ponto percentual na participação nacional desde 2002. Todos os estados tiveram aumento de participação nesse período. Para a economia sul-mato-grossense, o avanço foi de 0,1 ponto percentual, enquanto Mato Grosso evoluiu sua participação em 0,4 ponto percentual, o Distrito Federal em 0,3 ponto percentual e Goiás em 0,1 ponto percentual.
