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Economia

Burocracia emperra obras de R$ 45 milhões e dá prejuízo de R$ 40 mil/mês

Edivaldo Bitencourt | 26/09/2013 17:04
Senac foi obrigado a alugar novo prédio para atender demanda (Foto: Cleber Gellio)
Senac foi obrigado a alugar novo prédio para atender demanda (Foto: Cleber Gellio)

A burocracia da Prefeitura Municipal de Campo Grande emperra dois projetos da Fecomércio (Federação do Comércio de Mato Grosso do Sul), que preveem investimentos de R$ 45 milhões. A situação piorou desde a posse do prefeito Alcides Bernal (PP), que não cumpriu a promessa de solucionar o problema há dois meses. Além de travar as obras, o problema está gerando um prejuízo mensal de R$ 40 mil à entidade, que foi obrigada a alugar dois prédios para atender a demanda por cursos de qualificação profissional.

Em decorrência dos entraves burocráticos, a Fecomércio foi obrigada a alugar dois prédios para ampliar a oferta de cursos na Capital. Segundo o presidente da entidade, Edison Araújo, o gasto com aluguel por mês é de R$ 40 mil. A construção dos dois novos prédios deve levar 24 meses, no mínimo, a partir da liberação.

Nesta quinta-feira (26), o Senac (Serviço Nacional do Comércio) inaugura o novo prédio na Avenida Eduardo Elias Zahran, 528, na Vila Santa Dorotéia, em Campo Grande. A unidade tem 1,7 mil metros quadrados, 11 salas de aulas, dois laboratórios de informática e capacidade para atender 5 mil alunos por ano.

O Senac pretende investir R$ 30 milhões na construção de um prédio próprio, onde funciona o estacionamento da instituição, na esquina das ruas 26 de Agosto e Francisco Cândido Xavier, no Centro. Segundo Araújo, o prédio terá 12 mil metros quadrados. No entanto, a obra não começa porque a prefeitura não aprova o projeto. A espera já ultrapassa quatro meses.

O outro projeto é para a Escola de Gastronomia do Senac, que vai ter investimento de R$ 15 milhões na esquina das ruas Antônio Maria Coelho e Espírito Santo, no Jardim dos Estados. A Prefeitura desafetou uma travessa entre os dois imóveis e vendeu para a Fecomércio, que pagou R$ 70 mil. Os dois imóveis custaram R$ 1,5 milhão.

Há quatro meses, Fecomércio espera autorização para iniciar obra de nova escola do Senac no Centro (Foto: Cleber Gellio)
Há quatro meses, Fecomércio espera autorização para iniciar obra de nova escola do Senac no Centro (Foto: Cleber Gellio)

De acordo com Edison Araújo, só falta a liberação da matrícula pela prefeitura para início da obra. No entanto, a liberação está atrasada. Há 90 dias, os dirigentes da entidade se reuniram com o prefeito Alcides Bernal e ele prometeu liberar a matrícula em 30 dias. Já passaram-se três meses e nada.

Só a Escola de Gastronomia terá condições de atender de mil a 1,2 mil novos alunos por ano. Com o atraso, a atual, que funciona em prédio alugado, tem capacidade para atender 30 alunos.

De acordo com Araújo, a Fecomércio acaba tendo prejuízo, porque poderia investir o dinheiro despedindo com aluguel em outros projetos. Além disso, a população também perde, já que poderia se qualificar para obter empregos melhores e que exigem melhor qualificação. Empresas também perdem, porque bares, restaurantes e lanchonetes não contam com pessoal qualificado para atender a demanda na Capital.

História - O Senac em Mato Grosso do Sul começou com apenas uma unidade de formação profissional, em 1947, e hoje sua estrutura compreende dez unidades. Na Capital, são Senac Campo Grande, Senac Beleza e Moda e Senac EAD. Tem unidades no interior, como Aquidauana, Dourados, Três Lagoas e Corumbá.

Anualmente, o Senac atende aproximadamente 20 mil pessoas em programações de nível básico, técnico e de ações extensivas à Educação Profissional, em diversas áreas de formação, facilitando a inserção de trabalhadores no mercado de trabalho, conforme a assessoria de imprensa. 

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