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Economia

Caminhoneiros enfraquecem protesto, mas preocupam postos e Ceasa

Caroline Maldonado | 11/11/2015 11:23
Caminhoneiros fazem protesto na BR-267, em Maracaju, mas não impedem a passagem de outros veículos (Foto: Divulgação/PRF)
Caminhoneiros fazem protesto na BR-267, em Maracaju, mas não impedem a passagem de outros veículos (Foto: Divulgação/PRF)

O protesto dos caminhoneiros, que não chegou a ganhar força em MS, parece ter sido descartado de vez por aqui. O governo publicou hoje uma medida provisória onde aumenta para R$ 5.746 a multa para quem obstruír estradas e prejudicar serviços básicos e a população.

Nesta manhã, 70 caminhões estão estacionados na BR-267, em Maracaju, a 160 quilômetros de Campo Grande. Não há bloqueio, segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal), que permanece com equipes no local. Nas estradas estaduais não há paralisação, de acordo com a PMRE (Polícia Militar Rodoviária Estadual).

Esse é o terceiro dia de manifestação nas estradas de Mato Grosso do Sul. Rodovias do Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina também foram paralisadas até ontem, mas o abastecimento de hortifrútis e combustíveis ainda não foi afetado em MS. Ainda assim, a ameaça de que desta vez os caminhoneiros não vão recuar preocupa os campo-grandenses.

Consequências - Na Ceasa (Central de Abastecimento de MS), onde chegam os caminhões que trazem 80% dos hortifrútis consumidos no Estado, não há impactos até então. Segundo o gerente de mercado, Eder Ney Caxias, teve aumento de alguns preços, mas não em função da paralisação.

“Tomate, cebola e batatinha, por exemplo tiveram os preços aumentados, mas por causa da chuva, está chovendo muito e Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Na paralisação do início do ano o abastecimento foi muito pouco impactado e desta vez, só vamos ter falta de alimentos se o protesto continuar e passar de mais de dez dias”, comentou. De acordo com Eder, hoje a Ceasa tem produtos suficientes para abastecer o mercado por uma semana.

Na dúvida se a mobilização vai chegar aos dez dias, como ocorreu em março deste ano, clientes continuam fazendo filas em postos da região central para encher o tanque. Segundo o gerente do posto Gueno Prosa, Luiz Alberto Calepso, as distribuidoras não passam informação sobre possível impacto no abastecimento.

“Ainda não tem informação, ele não vão divulgar para não causar tumulto. Em contrapartida, os clientes estão preocupados. A maioria está completando o tanque. Na minha opinião, vamos ter algum problema, porque os caminhoneiros estão decididos, ou vai ou racha”, comentou. O gerente conta que o ideal seria reforçar o estoque, mas não há tanques suficientes. O posto Gueno Prosa, que fica na Rua Treze de Maio com Avenida Fernando Correa da Costa, tem fila nesta manhã. O litro da gasolina sai a R$ 3,25, do etanol custa R$ 2,49 e do Diesel S10 está R$ 3,15.

Na Avenida Mato Grosso, o posto Aliança reforçou o estoque, embora a paralisação ainda não tenha afetado a chegada dos combustáveis. Conforme o gerente Evaldo Rosário, quem fez pedido até ontem à distribuidora recebeu os produtos normalmente, mas se o protesto se estender pode faltar combustáveis.

“O que pode acontecer é semana que vem, se caminhão ficar parado na estrada, vai ter atraso na chegada e pode ser que tenha impacto nos postos. O que sabemos é que a base distribuidora aqui em Campo Grande tem estoque, mas não sei até quando”, contou. Nesse posto, o litro da gasolina está R$ 3,59, do etanol é ofertado a R$ 2,639 e do diesel S10 está R$ 3,199. Não há fila, segundo o gerente, mas os clientes perguntam se vai faltar gasolina.

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