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Economia

Economista dá dicas de como gastar 13º e fugir das tentações do consumismo

Viviane Oliveira | 30/11/2011 18:40

Com primeira parcela do 13º a maioria do trabalhador aproveita para quitar dívidas

Pagar dívidas, aplicar, comprar material escolar estão entre as recomendações do economista. (Foto: João Garrigó)
Pagar dívidas, aplicar, comprar material escolar estão entre as recomendações do economista. (Foto: João Garrigó)

O final do ano é o melhor período para fazer planejamento e manter as contas em dia. Com o 13º em mãos, a maioria dos trabalhadores pretende quitar as dívidas atrasadas e, se der, aproveitar para comprar o que desejou o ano todo. Com mais dinheiro na conta, é justamente essa hora que consumidor pode aproveitar e, em vez de ceder ao apelo do consumismo, se livrar do aperto.

Não é fácil com tanto incentivo do comércio, mas, de acordo com o economista Tiago Queiroz, antes de gastar o 13º é bom fazer uma previsão de gastos, ver que o que sobra, se sobra, ue o dinheiro extra seja utilizado para pagar as piores dívidas, ou seja, aquelas com as taxas de juros mais altas.

Pagar dívidas, aplicar, comprar material escolar estão entre as recomendações do economista. “O mais importante é priorizar liquidação de dívidas maiores. Por exemplo, se você está com um cartão de crédito pagando o mínimo o interessante é quitar a fatura e cortar, alerta Tiago.

Segundo ele, outra orientação é para quitar o limite de cheque especial e contas com juros altos. “Cheque especial serve para cobrir emergências de curtíssimos prazos. Os juros são altos o quanto antes puder quitar é melhor para o trabalhador”.

Para aqueles que querem quitar dívidas e comprar a prazo, o economista recomenda parcelar a compra em menos vezes para evitar os juros. O ideal, afirma é comprometer com parcelamentos 30% da renda familiar.

Já para quem está com o nome inscrito em cadastro de inandimplentes, o ideal é aproveitar o dinheiro para começar o ano com o nome limpo. “Economizar nem sempre é comprar mais barato, mas quando a gente faz uma boa negociação também”, destaca Tiago para as promoções que o comércio faz para limpar o nome.

Fátima vai aproveitar o 13º para pagar a matricula da faculdade. Ela reservou uma parte para comprar um presente para a filha. (Foto: João Garrigó).
Fátima vai aproveitar o 13º para pagar a matricula da faculdade. Ela reservou uma parte para comprar um presente para a filha. (Foto: João Garrigó).

É o caso do auxiliar de escritório, Elton pereira Sales, 28 anos, que aproveitou a primeira parcela do 13 para fazer a negociação e deixar o nome limpo. “É ruim quando o nome tem restrição, vou pagar e pretendo comprar os presentes de natal a vista”, comemora Elton que a segunda parcela do 13º será livre para gastar.

Outros aproveitam o dinheiro para garantir os estudos. A recreadora Fátima Faraj, 34 anos, aproveitou para fazer a matrícula na faculdade de pedagogia. “Só vou comprar um presente para minha filha de seis anos, o resto já está comprometido”, afirma Fátima.

Melhor época para comprar- Quem resiste às propagandas atrativas do Natal consegue melhores descontos no mês de janeiro e fevereiro. Conforme o economista quem guardar o dinheiro para comprar em janeiro vai pagar mais barato pelos produtos. “No começo do ano tem as liquidações e os preços caem significativamente”, explica Tiago.

Segundo ele, outra orientação é para as pessoas ficaren atentas para o futuro. “Daqui um tempo terá o cadastro positivo que vai conceder um tratamento diferencial para os bons pagadores na hora de um financiamento”, finaliza Tiago.

Para clientes que querem regularizar sua situação com as lojas, a campanha nome limpo vai até o dia 16 de dezembro na ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande). A campanha de recuperação de crédito visa também colaborar com as vendas de Natal.

A associação comercial está localizada na Rua 15 Novembro, 390, no Centro de Campo Grande.

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