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Economia

Contra preço da gasolina, população se mobiliza e vai abastecer só R$ 0,50

Zana Zaidan | 28/03/2014 15:45
Gasolina chegou a R$ 3,10 no ano passado, mas preços caíram (Foto: Arquivo)
Gasolina chegou a R$ 3,10 no ano passado, mas preços caíram (Foto: Arquivo)

O preço dos combustíveis nos postos de Campo Grande é alvo de uma reedição do movimento “Na Mesma Moeda”, que convoca os motoristas a abastecer R$ 0,50 e exigir nota fiscal. O ato está marcado para hoje (28), a partir das 18h30, mas não tem local específico para concentração.

“Sexta-feira, 28 de março, todo mundo abastecendo 50 centavos e pedindo recibo, vamos passar para o maior número de grupos, não dá para andar de carro com a gasolina nesse preço. Protesto contra a gasolina as 18:30 em todos os postos”, diz uma mensagem que circula pelo Whatsapp.

Nos anos anteriores, moradores da Capital já organizaram protestos semelhantes, por meio de outras redes sociais, quando a recomendação era para que, além do valor baixo, o pagamento fosse feito com cartão de crédito ou com notas de alto valor, a fim de dificultar a vida do estabelecimento na hora de repassar o troco.

No entanto, desta vez não se sabe exatamente quem deu início ao movimento. “Recebi de um primo, mas sei que ele também recebeu de alguém e repassou”, diz o estudante Jean Kairo, 22 anos. Já a funcionária pública Tainá Toniazzo, 23 anos, soube do ato por um grupo de amigos no aplicativo. “Temos um grupo para falar de amenidades e alguém repassou, mas não sei quem está organizando”, aponta.

Moradores de outras capitais brasileiras, como Goiânia (GO) e São Luís (MA) organizaram o mesmo tipo de ato. No Maranhão, por exemplo, o Ministério Público investiga se o aumento do preço nas bombas foi abusivo.

Preços – Por aqui, o protesto causa “estranheza” ao Sinpetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes), que representa os postos de combustível de Mato Grosso do Sul e, por ora, garante que, além de não haver aumento, o preço caiu.

“A gasolina não ficou mais cara, ao contrário, foi registrado queda no preço”, afirma o consultor técnico do sindicato, Edson Lazarotto. Conforme levantamento de preços da ANP (Agência Nacional do Petróleo), a gasolina hoje custa, em média, R$ 3,05 e o etanol R$ 2,21.

Em novembro do ano passado a Petrobras anunciou reajuste de 6% para gasolina, e o reflexo veio em dezembro, quando o preço nas bombas ficou na casa dos R$ 3,08 e R$ 2,13, respectivamente, ainda segundo a ANP. “E não há nenhuma sinalização de aumento”, reforça Lazzarotto, “se a Petrobras o fizer, será da forma usual: sem avisar antecipadamente, para não causar correria nos postos”.

Sobre os critérios do protesto, o consultor considera que o consumidor escolheu o alvo errado – os postos. “Não adianta querer punir o último elo da cadeia, porque essa indignação com impostos deveria ser com o governo, que fica com 53%”. Por outro lado, Lazarotto reforça que o ato é legítimo e a orientação repassada aos comerciantes é para atender os clientes normalmente. “É um cliente como qualquer outro, com os mesmos direitos desde que, claro, não cause nenhum tumulto”, finaliza.

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