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Economia

Em reunião com ministros do Paraguai, Fiems defende integração com MS

Vinícius Squinelo | 30/01/2014 22:41

O presidente da Fiems, Sérgio Longen, defendeu, nesta quinta-feira (30), em Brasília (DF), uma maior integração comercial do setor industrial brasileiro com o Paraguai. “É importante nós avaliarmos a economia e também a distribuição de renda de uma forma mais ampla. Se nós tivermos um Paraguai tão desenvolvido quanto o Brasil, nós teremos, de certa forma, uma zona de integração total”, avaliou, após participar de reunião entre o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, e o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, com os ministros paraguaios Gustavo Leite (Indústria e Comércio) e Ramón Jiménez (Obras Públicas e Comunicação).

O objetivo do encontro foi apresentar estudo sobre oportunidades de investimento no Paraguai e fortalecer o relacionamento bilateral com empresas brasileiras. “A condição de abertura comercial que o Paraguai está oferecendo faz com que as empresas brasileiras tenham interesse de produzir no país vizinho, onde o baixo custo da energia e as regras mais simples na área de tributos melhoram a competitividade dos produtos. Além disso, a área trabalhista no Paraguai está bem mais fácil de ser administrada do que a nossa e, desta forma, as empresas brasileiras têm interesse em aumentar sua produção naquele país”, pontuou o presidente da Fiems.

Ele reforça ainda que é importante deixar claro que hoje todo o Ministério e o próprio presidente do Paraguai, Horacio Cartes, têm demonstrado publicamente que desejam a integração comercial e social com o Brasil. “A indústria nacional está passando por dificuldades, principalmente, na área de competitividade. Agora, o setor está encontrando no Paraguai as condições de produzir e, muitas vezes, vender no próprio Brasil com preços muito mais competitivos”, analisou.

Plano de investimentos - Durante a reunião, os ministros de Indústria e Comércio do Paraguai, Gustavo Leite, e de Obras Públicas e Comunicações, Ramón Jiménez, apresentaram um plano de investimentos público-privado de US$ 7 bilhões nos próximos cinco anos. Leite ressaltou os atrativos da economia paraguaia, com estabilidade econômica, inflação controlada e crescimento recorde - em 2013 o Paraguai registrou o terceiro maior crescimento mundial, 14,1%.

Ele ainda citou o baixo custo de produção, o que é confirmado por entidades empresariais brasileiras. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), o custo para se produzir uma calça jeans no Paraguai é 35% menor que no Brasil. Segundo o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, o país vizinho é um destino a ser buscado pelas empresas brasileiras. “O Paraguai se destaca pela estabilidade da economia, da moeda e nas contas públicas. Em 2013, mostrou uma expansão econômica bem acima dos países da América Latina. E segundo projeções o ritmo continuará forte nos próximos anos. Além disso, o Paraguai tem custos muito competitivos de produção, é o caso das tarifas de energia elétrica e da mão de obra”, concluiu.

O secretário estadual de Obras Públicas e de Transportes, deputado federal Edson Giroto, também participou da reunião e apresentou aos ministros do Paraguai os investimentos feitos pelo Governo do Estado em infraestrutura e que também beneficiam a região de fronteira com o Paraguai. A CNI, com apoio do CIN (Centro Internacional de Negócios) da Fiems, promove, de 18 a 20 de fevereiro, a Missão Empresarial Brasil-Paraguai com a finalidade de facilitar a aproximação das empresas interessadas em investir no país vizinho com as autoridades paraguaias, estabelecendo parcerias e promovendo negócios bilaterais.

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