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Economia

Evento que fortalece empregabilidade de deficientes oferta 300 vagas

Bruno Chaves e Helton Verão | 30/05/2014 10:57
Expectativa é que pelo menos 300 portadores de necessidades especiais compareçam ao "Dia D" (Foto: Cleber Gellio)
Expectativa é que pelo menos 300 portadores de necessidades especiais compareçam ao "Dia D" (Foto: Cleber Gellio)

Evento realizado pelas três esferas da administração pública para fortalecer a empregabilidade das pessoas com deficiência no País, o “Dia D”, oferta 200 vagas no mercado de trabalho de Campo Grande para pessoas deficientes. A ação, realizada na Funsat (Fundação Social do Trabalho), nesta sexta-feira (30), tem apoio de 30 empresas.

As organizações montaram estandes na sede da fundação, na Avenida Eduardo Elias Zahran, 1.581, no Jardim TV Morena, e, juntas, devem atender pelo menos 300 candidatos que pretendem ingressar no mercado de trabalho. Autoridades como governador André Puccinelli (PMDB) e o prefeito Gilmar Olarte (PP) visitaram o local.

Segundo o presidente da Funsat, Cícero Ávila, em Mato Grosso do Sul, apenas 20% das vagas destinadas a esse perfil de trabalhador estão preenchidas. Ele contou que o Estado conta com aproximadamente seis mil vagas, mas somente 900 estão ocupadas.

“Por isso esse é um dia importante para a inclusão. Este evento é uma forma de dizer ao empresário que a pessoa com deficiência pode ser tão igual as outras e pode exercer as funções como qualquer outro funcionário da empresa. O que ela precisa é de oportunidade”, disse.

O chefe de fiscalização do Ministério do Trabalho, Leis Naas, lembrou que o Brasil conta com a Lei 8.213, de 1991, que discorre sobre a questão de cotas em empresas para portadores de necessidades especiais. Para ele, a legislação “ajuda muito no processo de inclusão”, uma vez que ainda é baixo o número de deficientes no mercado de trabalhado.

Deficiente visual, Áurea da Silva, 47 anos, ocupa o cargo de gerente de intermediação de mão de obra da pessoa com deficiência da Funsat. Ela contou que além de tratar do assunto com outras pessoas, vive “na pele” os problemas enfrentados pela classe.

Deficiente visual, gerente da Funsat (esquerda) afirma que maneira de pensar do empresário deve mudar para integração ocorrer (Foto: Cleber Gellio)
Deficiente visual, gerente da Funsat (esquerda) afirma que maneira de pensar do empresário deve mudar para integração ocorrer (Foto: Cleber Gellio)

“Muitos empresários e empresas colocam o deficiente visual como uma pessoa incapaz e limitada. Só que, na verdade, as pessoas com deficiência são impedidas de atuar", comentou.

"Se existe um equipamento que auxilia o deficiente visual trabalhar, se existe um programa de computador que permite o deficiente auditivo trabalhar, se existe acessibilidade para o cadeirante trabalhar, essas pessoas podem trabalhar”, exemplificou.

Para Áurea, o que precisa mudar na cultura do mercado de trabalho é "maneira de pensar" de toda a rede, de patrão a empregado.

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