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Economia

Indústria com investimento de R$ 18 bi passa a operar em outubro em Três Lagoas

Wendell Reis | 12/04/2012 16:03

Empresa pretende produzir 5 milhões de toneladas de celulose até 2020

Presidente da J&F, Henrique Meirelles, destacou as vantagens do empreendimento no Estado (Foto: Minamar Junior)
Presidente da J&F, Henrique Meirelles, destacou as vantagens do empreendimento no Estado (Foto: Minamar Junior)

A empresa Eldorado Brasil começa a operar em outubro deste ano em Três Lagoas com o objetivo de se tornar a maior fábrica de celulose em linha única do mundo. O investimento para a primeira etapa, com objetivo de produzir R$ 1,5 milhão de toneladas por ano, será de R$ 6,2 bilhões.

A empresa pretende investir e chegar a uma produção de cinco milhões de toneladas. Para isso, pretende investir mais R$ 12 bilhões, com a instalação de uma segunda linha de produção em 2017 e uma terceira em 2020. A instalação do projeto completo tem como meta transformar o município de Três Lagoas na capital da celulose no mundo.

O presidente da Eldorado Brasil, José Carlos Grubisich, revela que a indústria já está gerando 8 mil empregos na construção da fábrica, que já tem 75% executada. A empresa pretende instalar os melhores equipamentos e as melhores tecnologias disponíveis.

A expectativa é de que o empreendimento gere mais de dois mil empregos diretos. O presidente da Eldorado revela que a empresa tem um grande programa de contratação e contará com os profissionais qualificados da região, investindo em contratações de fora apenas nos casos onde não encontrar mão de obra.

Grubisich explica que o município de Três Lagoas é bastante viável para a instalação das indústrias, visto que tem floresta próximo da unidade industrial, o que gera redução de custo, e pela logística, uma vez que, possui a ferrovia que vai até Santos, em São Paulo. A Eldorado também promete inovar, utilizando o transporte hidroviário, do rio Paraná ao rio Tietê, chegando até o Porto de Santos.

Para cumprir a meta de produção de cinco milhões a empresa, pertencente ao grupo FIP Florestal, 33,13% das ações, J&F, 50,15% e MJ empreendimentos, 16,72% das ações, tem 31% de investimento próprio e 69% a ser conquistado por meio de linhas de crédito. Este é o primeiro investimento do grupo em celulose.

Com 1,5 milhão de tonelada a empresa deve produzir 10% da celulose de fibra curta do mundo, ou 3% do total de celulose da produção geral. A maior parte, 90% da produção, será para exportação, sendo 50% para o mercado asiático. O empreendimento tem 100 mil hectares de florestas plantadas e deve ampliar para 135 mil até o final do ano. A empresa pretende chegar a 160 mil hectares até o fim do ano.

O presidente do conselho da J&F, Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central, lembrou das crises frequentes de alguns anos atrás e do quanto o País está estabilizado, após passar pelas turbulências e ficar mais forte do que quando entrou. Na avaliação de Meirelles, o desafio agora está em alcançar o sucesso.

“Consolida a função industrial. É uma área onde o Brasil tem vantagens naturais. Área de floresta, passível de reflorestamento e principalmente pela grande disponibilidade de energia e água que o Brasil tem, o que é fundamental. Além disso, a capacidade empreendedora que o Brasil mostra”, analisou Meirelles.

A prefeita de Três Lagoas, Márcia Moura, destacou a importância da instalação para o Município, contribuindo para a valorização e gerando novas oportunidades ao trabalhador. Ela lembrou que o Município passou por dificuldades quando recebeu a Fibria, mas hoje já tem preparo e noção de seus limites. A empresa será inaugurada oficialmente no dia 13 de dezembro.

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