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Economia

Leite sobe quase 8% e carne 7,5% na Capital

Redação | 05/05/2010 09:10

Antes mesmo da entressafra os preços de leite e carne subiram significativamente no mês de abril, figurando entre os principais produtos que elevaram o custo de vida do campo-grandense, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor desenvolvido pela Universidade Anhanguera-Uniderp.

"O grupo Alimentação mais uma vez foi o grande responsável pela alta geral do índice", destaca o coordenador do Nepes (Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais), professor Celso Correia de Souza.

No mês passado, o índice de preços do grupo Alimentação apresentou uma forte inflação, de 1,97%. De acordo com o levantamento do Nepes, de um modo geral, contribuíram positivamente na composição desse índice os fortes aumentos de preços dos seguintes produtos: cebola 30,69%, batata 26,83%, feijão 25,88%, limão 15,90%, entre outros com menores aumentos.

No subgrupo Carnes, foi constatado que os preços da carne bovina, de modo geral, sofreram aumentos de preços. Somente três cortes apresentaram quedas: fígado (-3,73%), filé mignon (-3,15%) e músculo (-1,23%).

"Com aumentos de preços tivemos a paleta, com 7,42%; o lagarto, com 6,75%; o contrafilé, com 5,41%; o acém, com 5,35%, entre outros com menores aumentos. Como vai iniciar a entressafra da carne bovina, esses aumentos nesse momento preocupam, pois certamente outros virão nos próximos meses", avalia Correia. Os cortes de carne suína também registraram aumentos de preços. A costeleta subiu 6,40%; o pernil, 3,99%; e a bisteca, 1,15%. Os miúdos de frango apresentaram alta de 0,97%, porém o frango congelado apresentou queda de preço (-0,78%). No caso do leite pasteurizado, o aumento foi de 7,92%.

Nos grupos Habitação e Vestuário os índices foram de 0,35% e 2,28%, respectivamente. As maiores variações positivas de produtos/serviços na composição do índice do grupo Habitação: saponáceo (7,35%), limpa vidros (5,87%), inseticida (3,25%). Já no grupo Vestuário, os produtos que tiveram as maiores altas de preços foram: camisa masculina, com 12,79% de aumento; bermuda e short feminino, com 12,53%; e sapato feminino, com 4,99%.

Também registraram índices positivos em abril os grupos Despesas Pessoais e Saúde. O primeiro apresentou inflação de 0,22%. Os produtos e serviços que apresentaram as variações positivas mais significativas foram: cabeleireiro (corte e tintura), com 5,20%; fio dental, com 4,56%; e papel higiênico, com 1,69%. O grupo Saúde registrou índice de 0,10%, com aumentos, principalmente, nos preços de: material para curativo (7,51%), anticoncepcional e hormônio (5,46%), antimicótico e parasiticida (5,39%).

Apenas os grupos Transportes e Educação apresentaram deflação. "Observamos uma forte queda nos preços do etanol e da gasolina, em relação ao mês de março. O índice do etanol ficou em -11,61% e o da gasolina em -2,30%. São produtos que pesam nos orçamentos familiares, então, contribuíram para segurar a inflação em abril", destaca o pesquisador do Nepes, professor José Francisco dos Reis Neto. No grupo Educação, a pequena deflação de 0,02% ocorreu devido à queda nos preços dos itens de papelaria.

Acumulada

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