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Economia

Lojas de brinquedo projetam aumento de 50% nas vendas na Capital

Luciana Brazil | 08/09/2014 14:36
Luis Flávio olha atentamente os brinquedos na loja Paulistão. (Foto: Marcelo Calazans)
Luis Flávio olha atentamente os brinquedos na loja Paulistão. (Foto: Marcelo Calazans)
Gilmar diz que as promoções acontecem durante todo ano. (Foto: Marcelo Calazans)
Gilmar diz que as promoções acontecem durante todo ano. (Foto: Marcelo Calazans)

A data dificilmente passa em branco. No Dia das Crianças, os pais encaram lojas cheias e, muitas vezes, preços salgados para que o presente não falte. O comércio se divide neste ápoca - enquanto as lojas de brinquedos veem o faturamento subir até 50% em alguns casos, as lojas de roupas para crianças ficam com pouco mais da metade desse valor, aumentando os lucros em 30%, segundo os testemunhos à reportagem. A disparidade é fácil de entender: crianças querem brincar.

“Aqui na loja as vendas aumentam cerca de 10% nesse período. O crescimento das vendas nas lojas de roupas é bem menor do que nas lojas de brinquedos porque as crianças, geralmente, não querem roupas e os pais querem agradar e dão preferência aos brinquedos”, disse a proprietária da loja de roupa infantil Fruto do Ventre, Marta Araújo, 36 anos.

Neste ano, a gerente da loja Paulistão, na Rua Rui Barbosa, Glaucimônica Oliveira, 48 anos, acredita que as vendas de brinquedos cresça 40% no período que antecede o Dia das Crianças. A caridade tem impulsionado essa expectativa, segundo a gerente. Alguns consumidores já estão procurando a loja para orçar doações. "Tem gente que já está procurando e fazendo orçamento para fazer doações. Acredito que o crescimento seja 40% maior".

Mãe de dois meninos pequenos, de 5 e 3 anos, a terapeuta Lauana Prates, 33 anos, diz que no aniversário dos filhos a quantidade de brinquedos é imensamente maior que ao de roupas. “As pessoas sabem que criança prefere isso. Mas eu, como mãe, adoro quando eles ganham roupa porque roupa de criança é geralmente tão cara e eles perdem muito rápido, então a gente tem que comprar sempre”.

As promoções atraem os pais na hora das compras. (Foto: Marcelo Calazans)
As promoções atraem os pais na hora das compras. (Foto: Marcelo Calazans)

Mas quando o assunto é criança, a hora para comprar é quase sempre uma dor de cabeça. A dona de casa Raquel Barbosa Paes, 46, até leva o filho de 6 anos, Luis Flávio, mas confessa que nem sempre leva o que ele pede. “Eles querem tudo e na maior parte das vezes querem brinquedos grandes e caros. Eu gosto de levar ele, mas nem sempre compro o que ele quer”. Contrariando a maioria das crianças nesta idade, hoje (8) pela manhã, Luis Flávio surpreendeu até mesmo a mãe ao disser que também gosta de ganhar roupas. “Nossa. Isso é uma novidade”, disse Raquel.

Acostumado a atender crianças, o proprietário da loja Buá, Gilmar Oliveira dos Santos, 39 anos, explica a diferença entre as escolhas. Segundo ele, a partir dos 10 anos o interesse por roupas começa a crescer, mas antes disso, só os brinquedos mesmo. “Dos 10 a 12 anos as crianças gostam de experimentar, já tem opinião. Mas até os 6 ou 7 anos é difícil fazer eles experimentarem roupa porque não se interessam muito”, disse Gilmar.

A professora aposentada Sônia Duarte, 58 anos, vê com outros olhos a polêmica das crianças. Para ela, a diferença é maior entre meninos e meninas, além disso, ela frisa também que as crianças gostam de roupas, mas “é claro que não vão trocar por um brinquedo”.

“Tenho três netos, de 3, 4 e 6 anos, e quando compro roupa eles adoram. Experimentam tudo e o mais velho até dá opinião. Mas é claro que dependendo da idade, eles vão querer um brinquedo”, disse Sônia.

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