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Economia

Preço da carne volta a pressionar inflação na Capital

Redação | 04/06/2009 08:42

Após uma trégua, o preço da carne e de outros alimentos voltou a pressionar o custo de vida do campo-grandense no mês de maio, segundo o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) divulgado nesta quinta-feira pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais da Universidade Anhanguera-Uniderp. Em maio, a inflação na Capital foi de 0,39%.

Após três meses de queda, o grupo Alimentação registrou alta de 1,36%. Os produtos que registraram as maiores altas foram: mel de abelha (40,85%), batata (32,29%), laranja pêra (19,57%) e melão (14,43%).

Já era previsto o aumento no preço da carne porque o valor da arroba tem reagido devido à entressafra. "As exportações de carne bovina aumentaram muito e estamos entrando em período de entressafra e isso faz com que apareça no mercado o gado confinado que possui um maior valor agregado, isso pode ter ocasionado o aumento de preços", explica coordenador do Nepes, professor Celso Correia de Souza.

As maiores altas foram registradas nos cortes: paleta (11,95%), costela (9,38%) contrafilé (8,97%), fígado (8,09%) e filé mignon (5,82%). Os cortes de carne suína costeleta, bisteca e pernil sofreram aumento de 5,65%, 3,90% e 2,79%, respectivamente. "Porém houve queda no preço dos miúdos (-8,44%) e do frango congelado (-1,50%)", pontua.

O grupo de Despesas Pessoais apresentou uma elevação significativa de 3,41%. "Observamos em Campo Grande a mesma tendência verificada em outras cidades como São Paulo, que também registrou fortes elevações no grupo de Despesas Pessoais", diz o coordenador do Nepes. Entre os itens que registraram as maiores altas, o destaque foi o cigarro, com aumento de 14,87%. Também foram verificadas variações positivas nos preços do fio dental (6,32%), filme fotográfico (4,56%) e papel higiênico (3,53%).

Os grupos Saúde e Educação também apresentaram inflação em maio. No grupo Saúde o índice ficou em 0,44%, devido, principalmente, ao aumento no preço do antidiabético (21,93%), do anti-infeccioso e antibiótico (3,99%) e do antigripal e antitussígeno (3,47%). No grupo Educação a elevação de 0,13% foi ocasionada por aumentos em artigos de papelaria.

Queda de preço - Por outro lado três grupos registraram deflação no mês de maio. O grupo de Transportes apresentou índice de -1,37% e segurou um possível maior aumento no Índice de Preços ao Consumidor da Capital. Foram registradas quedas nos preços do álcool combustível (-5,92%), da passagem de ônibus interestadual (-2,78%) e da gasolina (-1,86%).

Em seguida aparece o grupo Vestuário, com queda expressiva de -0,94%, ocasionada, principalmente, pelas variações negativas nos preços do sapato feminino (-15,60%) e camiseta feminina (-14,39%). Finalmente, no mês de maio, o grupo Habitação apresentou índice de -0,02%. Foram registradas quedas nos preços de vários itens, sendo as mais significativas as da esponja de aço, de -7,25%; do refrigerador, de -7,01%, e do fogão, de -6,34%.

Inflação acumulada

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