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Economia

Produtores do Estado retomam o plantio da soja à espera da chuva

Priscilla Peres | 23/10/2014 14:45
Plantio ficou parado cerca de 15 dias devido a estiagem e está sendo retomado no Estado. (Foto: Famasul)
Plantio ficou parado cerca de 15 dias devido a estiagem e está sendo retomado no Estado. (Foto: Famasul)

Após cerca de 15 dias parados devido a estiagem, os produtores de soja de Mato Grosso do Sul retomaram o plantio do grão na expectativa de que volte a chover nos próximos dias. Essa é a safra mais atrasada dos últimos seis anos e já compromete o andamento do milho safrinha, que será plantado após a colheita da soja.

O plantio da oleaginosa começou por volta dos dia 20 de setembro e até o momento apenas 5% da área destinada a cultura foi plantada no Estado. No país, levantamento feito pela consultoria AgRural revela que o plantio está em 10%, o índice mais baixo dos últimos cinco anos.

Para o analista de grãos da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), Leonardo Carlotto, a situação do plantio de soja ainda é preocupante porque o atraso é significativo em relação às safras anteriores. "As chuvas ocorridas nos últimos dias foram irregulares e, por isso, não alteraram o quadro de evolução da soja. Até o momento, o plantio no Estado atingiu 6,4% na safra 2014/15, enquanto que no mesmo período da temporada anterior, a faixa plantada ocupava 37,9% e na safra 2012/13 o percentual era de 39%", afirma Carlotto.

Desde o dia 20 de setembro, quando começou o período, foram plantados 120 mil hectares em Mato Grosso do Sul, porém a falta de chuva não deixou o grão se desenvolver e os prejuízos podem chegar a R$ 100 milhões. Ao menos metade dessa área terá que ser refeita.

Replantio - Pela primeira vez em mais de cinco anos, produtores rurais de Mato Grosso do Sul terão que fazer o replantio da soja devido a estiagem. Os prejuízos podem chegar a R$ 100 milhões e ainda não há certezas sobre o total da área que terá que ser refeita.

Apesar do otimismo em relação a chuvas nos próximos dias, Carlotto afirma que algumas regiões foram severamente afetadas pela seca. "Os produtores que iniciaram o cultivo na última semana de setembro, já temem as perdas de produtividade e necessidade de replantio, considerando que a estiagem prejudicou a fase de germinação da planta", ressalta.

A preocupação não se atém à safra de soja em curso, mas ao milho, cultivado na mesma área, logo após a retirada da soja. "Existe uma grande possibilidade de adiamento do plantio do milho safrinha. A estimativa é de que, em média, 30% do grão seja cultivado fora da faixa ideal do zoneamento agroclimático, onde o correto é que a colheita termine até o dia 30 de março de 2015", acrescenta.

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