Telefonia: tercerizada fecha duas unidades, demite e atrasa rescisões
Representante da operadora Claro fechou duas lojas do Centro de Campo Grande, demitiu em torno de 15 funcionários e ainda não pagou os direitos trabalhistas. O sindicato dos Empregados do Comércio foi acionado, que entrou com uma ação contra a empresa.
Uma ex-funcionária que preferiu não se identificar, afirma que os atrasos de salário começaram em outubro do ano passado e que o 13 ° foi parcelado em três vezes, fora das datas previstas em lei.
O aviso de fechamento da unidade veio em fevereiro, junto com a promessa de pagar os salários atrasados, segundo ela. Porém, a promessa não foi cumprida, os trabalhadores foram demitidos e no dia 20 de fevereiro duas unidades foram fechadas, a da rua Dom Aquino e da 13 de Maio.
Outro funcionário que trabalhou mais de três anos na empresa e também prefere não se identificar, conta que em janeiro deste ano começou a procurar outro emprego em em seguida pediu demissão, mesmo sem conseguir dar baixa da carteira de trabalho. Hoje, ele recebeu R$ 300 da empresa, mas conta que já foi avisado que não há previsão do próximo pagamento.
“Tem gente que foi atrás do FGTS e viu que o último depósito foi realizado em 2012. Totalmente irregular”, afirma ele. Os dois funcionários alegam que estão passando por dificuldades financeiras devido a falta das rescisões.
A advogada Raphaela Modeneis, do sindicato dos Comérciarios, afirma que quatro funcionários a procuraram e a entidade entrou com uma ação contra a empresa, pois a mesma se recusou a fazer o pagamento retroativo dos direitos e alega não ter dinheiro em caixa.
Em nota, a Claro informou que o caso está em análise interna. "A operadora esclarece que o atendimento aos clientes em Campo Grande continua sendo realizado normalmente em suas lojas próprias e demais Agentes Autorizados.”