Em tempo de internet, professora defende cartas
Os dias de hoje são de comunicação cada vez mais rápida, em que até o e-mail está perdendo a vez para os comunicadores instantâneos na internet. Mas em Campo Grande uma senhora de 76 anos decidiu nadar, ou melhor escrever, contra a maré da comunicação virtual.
A professora Zelita Ignácio mantém uma rede de correspondentes que ainda usam a carta. O grupo tem 150 pessoas, formado desde a década de 80.
Com elas, Zelita troca por semana em média 70 cartas. Recebe dez todos os dias e responde religiosamente a cada uma.
E quem são as pessoas com quem troca cartas? Gente de toda a idade, de todo o País, até da própria cidade e também de outros continentes.
Ela escreve e recebe correspondências de pessoas que vivem no Japão, na Alemanha, em Cuba, na Espanha, em Portugal, em Açores, Moçambique e nas Ilhas Canárias.
Na maioria dos casos, são brasileiros que vivem fora do País, mas há também estrangeiros que, em esforçado português, contam por carta sua vida a Zelita.
Ao ser indagada sobre porque escrever, e tanto, ela é sucinta: