Festa garante sobrevivência do Morenão, diz empresário
As críticas sobre a realização de festas no estádio Morenão revoltam o grupo de empresários que no último sábado promoveu o Garagem Stadium, rave que reuniu 6 mil pessoas, em Campo Grande.
Segundo um dos organizadores, é esse tipo de evento que tem garantido a sobrevivência do Morenão, que poucas vezes ao ano reúne tamanho público em jogos de futebol.
"Somos bons parceiros, fazemos tudo de acordo com as regras da administração. Pagamos adiantado", justifica o empresário Jamelão.
Por uma noite de festa, R$ 12 mil foram repassados ao estádio, mas um depósito caução, no valor de R$ 2,4 mil, para caso de prejuízos à estrutura ou ao gramado, provocados pelo público.
"Vamos na próxima segunda-feira até lá, verificar se alguma coisa precisa ser reparada", antecipa.
Ele admite que a grama ficou "queimada em alguns pontos, porque é impossível não haver qualquer impacto, mas em 20 dias estará novo, basta água." Jamelão reclama que, ao contrário do que a maioria pensa, apenas as duas pequenas áreas do campo tiveram o gramado substituído para o jogo do Brasil contra a Venezuela, no mês passado.
"Falaram em mais de 30 mil investidos, só se a grama fosse de ouro', ironiza o empresário. "Somos sérios, fazemos esse evento há 3 anos e nunca houve qualquer problema", garante.
Na época do jogo da seleção, esse valor foi amplamente divulgado pela CBF, mas para intervenção parcial no campo, que tinha dezenas de formigueiros e 6 tipos diferentes de grama.
O Morenão não comenta o assunto e informa que apenas a assessoria de imprensa da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) está autorizada a emitir comentários
A instituição considera "impossível um evento como esse ocorrer sem danos ao gramado, mesmo que sejam pequenos". Por isso, a idéia, segundo a UFMS é trocar todo o gramado e, a partir de 2010, só abrir o local para práticas esportivas.
Sobre a possibilidade de festas que viabilizem economicamente o estádio, a assessoria descarta caso realmente o investimento seja feito, porque um gasto com a troca da grama é alto e por isso precisa ser preservado.
Segundo a UFMS, a substituição já foi orçada e o projeto inserido na previsão de orçamento para o próximo ano.