Com fotos na privada, jornalista brinca com utilidade de banheiros de luxo
Márcia Carini, 43 anos, provoca facilmente o observador ao realizar poses de yoga em banheiros cheios de luxo. Jornalista especializada em arquitetura há 20 anos, com passagens pela Editora Abril e agora apresentadora da TV Casa Cor, ela tem a entrada liberada nas exposições pelo País. O resultado é publicado em um perfil do Instagram @projetovidaprivada.
“Visitei todas as casas Cor do Brasil e fora do País, para cada banheiro eu crio um personagem diferente, que combine com o que o arquiteto quis passar. Como trabalho na área de arquitetura eu percebi que a privada é um objeto excluído, um tabu para o ambiente. As pessoas tem preconceito de chegar perto, de tirar foto, de expor a privada”, explica Márcia.
Em todas as fotos publicadas, a privada aparece como protagonista ou coadjuvante. De forma consciente, Márcia concede vida a um ambiente normalmente mostrado de maneira plástica.
“Como na Casa Cor é tudo muito limpo, nunca foi usado, as pessoas nem se ligam para a questão de dar nojo. Posso tocar a privada, estar ao lado dela. Os objetos também são muito bonitos, feitos por profissionais conceituados da Casa Cor, em várias cores, arrendondadas, encostam no piso ou são suspensas, brilhantes ou foscas, de diferentes acabamentos”, afirma.
Nessa brincadeira de texturas e elementos, Márcia é um caso a parte. Praticando yoga há mais de 20 anos e uma adepta do pilates, ela tem o corpo flexível o bastante para poses diferentes. “Fiz dança também, então de todas essas experiências eu trouxe aprendizados”, acredita.
Apesar de ser da TV Casa Cor, o projeto Vida Privada é algo pessoal. “Quem sabe isso se torne um livro, que começou com uma grande brincadeira. Entre os arquitetos, eles veem uma foto, acham estranho, se questionam o que essa menina está fazendo do lado dessa privada. Eu sempre tento contar uma história diferente em cada banheiro”, explica.
Na lista de roupas que Márcia usou há trajes de odalisca e bailarina. Dependendo da inspiração, é algumas são nuas também. “Quando eu vou viajar o profissional que fez o banheiro da Casa Cor me liga, querendo conversar sobre o projeto, levam roupas para mim”, diverte-se.
Os apoiadores das ações são muitos. “Os diretores nunca viram nada, mas já aconteceu de eles receberem ligação do recepcionista dizendo que tem uma moça tirando a roupa no banheiro, uma maluca no banheiro, mas ai eles explicam, dizem que é a Marcinha e fica tudo bem”.
