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Arquitetura

Em 2 meses e com orçamento enxuto, cor e gesso mudam identidade de apartamento

Paula Maciulevicius | 02/10/2014 06:35
Projeto de marcenaria trabalhou as medidas e profundidades adequadas na sala. (Foto: Vanessa Quadros)
Projeto de marcenaria trabalhou as medidas e profundidades adequadas na sala. (Foto: Vanessa Quadros)

Arquitetura que cabe no bolso. Foi este o conceito usado para deixar o apartamento de 44 m² com a cara da dona, no Jardim Paradiso, em Campo Grande. Jovem e solteira, a professora tinha um orçamento enxuto e apenas dois meses entre a compra e a mudança para imprimir no espaço a sua identidade. 

Além do tempo, o fator econômico também foi um desafio para a arquiteta responsável pelo projeto, Vanessa Quadros, da Detalle Arquitetura e Interiores. "Ela já tinha alguns móveis e mesmo sabendo que poderia não casar com o projeto, precisava usá-los por um tempo e que eles ficassem em harmonia", descreve a arquiteta. Os móveis em questão eram a mesa, um sofá e o rack da TV, vindos da casa anterior, que era muito maior. 

Na readaptação do mobiliário ao ambiente reduzido, a arquiteta manteve o sofá em frente à TV e trocou a ordem da sala para dar espaço à mesa. O rack, que anteriormente sustentava a TV, virou sapateira no home office. "Dei uma solução aproveitando ele com o closet no outro quarto. Acrescentei rodízio e fizemos uma sapateira", explica Vanessa. 

No lugar do rack antigo, um projeto de marcenaria trabalhou as medidas e profundidades adequadas na sala. A TV ficou afixada no painel com aparador dentro da proporção do espaço.

No "antes", sala parecia menor e tom amarelinho das paredes não combinava com estilo da dona. (Foto: Vanessa Quadros)
No "antes", sala parecia menor e tom amarelinho das paredes não combinava com estilo da dona. (Foto: Vanessa Quadros)
Parede ganhou vão e nichos para livros. (Foto: Vanessa Quadros)
Parede ganhou vão e nichos para livros. (Foto: Vanessa Quadros)
No "antes" sala era totalmente separada da cozinha. (Foto: Vanessa Quadros)
No "antes" sala era totalmente separada da cozinha. (Foto: Vanessa Quadros)

Na sala, onde a mesa ocupa a área do jantar, o projeto acrescentou gesso e com um detalhe rebaixado para dar destaque à iluminação.

Em relação às cores, o apartamento foi entregue para a dona com paredes em tons amarelinhos, o que não combinava com o tom do sofá, por exemplo. A parede que forma um "L", entre a sala e a cozinha recebeu a cor azul. A ideia inicial era de derrubar a divisória entre os cômodos e fazer um balcão para banquetas. No entanto, pelo tamanho do sofá, a saída encontrada pela arquiteta foi abrir um vão e criar nichos.

"Iria acabar perdendo a parede e não ia atender à necessidade. Então fiz o vão e coloquei os nichos decorando com livros. Ela gostou e deu certo", relata Vanessa.

Com menos intervenção, a cozinha tem um detalhe à parte, os seis azulejos acima do fogão deram lugar aos ladrilhos hidráulicos. "A dona tem um estilo mais colorido e retrô. Com os ladrilhos a gente foi e montou uma composição fugindo da pastilha e colocando algo mais característico dela", explica. Não foi preciso trocar todo o revestimento para trazer charme à cozinha, que os ladrilhos têm um valor mais alto é verdade, porém o mercado tem muitas opções.

"Tem piso porcelanato que imita, mas vai depender de como compõe. Este é ladrilho em cerâmica, feito peça por peça individual", detalha Vanessa.

Por ser térreo, o apartamento tinha uma micro varanda, com uma calçada de 60m em torno da construção sem grama. A proprietário do imóvel queria criar algo ali que não fosse um jardim. No caso o verde dispensaria cuidados que o tempo dela não permite.

A sugestão da arquiteta foi de criar um deck, pérgola no alto que depois pode vir a ser coberta com tecido. O local também ganhou almofadas, pallets como apoio para vasos de plantas e banquinhos coloridos. "Ela gostou tanto que disse que este seria o espaço preferido da casa".

Todo o projeto incluindo a marcenaria custou à dona uma média de R$ 15 mil. A arquiteta comenta que o bacana é conseguir transitar entre o simples e o mais sofisticado, exemplificado perfeitamente pelas fotos.

A arquitetura, segundo Vanessa, pode caber no bolso desde que haja uma relação de confiança entre cliente e profissional. "Ela expôs que tinha isso para gastar e trabalhamos dentro dessa forma, um pouco acima, um pouco abaixo, mas é uma adaptação", sustenta Vanessa. Como resultado final, se tem um apartamento aconchegante e com a cara da dona dentro de uma arquitetura possível e acessível.

No antes, cozinha era assim. (Foto: Vanessa Quadros)
No antes, cozinha era assim. (Foto: Vanessa Quadros)
Com armários planejados ficou assim. (Foto: Vanessa Quadros)
Com armários planejados ficou assim. (Foto: Vanessa Quadros)
Charme está nos ladrilhos hidráulicos acima do fogão. (Foto: Vanessa Quadros)
Charme está nos ladrilhos hidráulicos acima do fogão. (Foto: Vanessa Quadros)
No Home office ficaram os armários, bancada de estudo e hack transformada em sapateira. (Foto: Vanessa Quadros)
No Home office ficaram os armários, bancada de estudo e hack transformada em sapateira. (Foto: Vanessa Quadros)
Para jantar, mesa antiga ganhou destaque com luminária direcionada. (Foto: Vanessa Quadros)
Para jantar, mesa antiga ganhou destaque com luminária direcionada. (Foto: Vanessa Quadros)

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