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Arquitetura

Praça abandonada pode virar modelo, com desconto na troca do lixo e bicicletário

Paula Maciulevicius | 24/09/2016 07:10
Ao todo, são 636m² de área no bairro Amambaí. (Foto: Alcides Neto)
Ao todo, são 636m² de área no bairro Amambaí. (Foto: Alcides Neto)

O bairro Amambaí entra na contagem regressiva para ter a praça revitalizada. O espaço em frente ao CRA/MS (Conselho Regional de Administração de Mato Grosso do Sul) será a primeira praça do administrador e no papel, o conceito é a sustentabilidade do piso ao Ecoponto e as lixeiras subterrâneas.

Projeto da arquiteta Kemily Onça, a praça que fica no cruzamento das ruas Dr. João Rosa Pires, General Osório e Barão do Rio Branco, hoje vive o abandono. Degradada pelo tempo e a falta de manutenção, o que ficará de proveito são as árvores. 

"Mantivemos todas as árvores, que são espécies locais que foi a premissa do projeto", explica a arquiteta. Ao todo, são 636m² de área. O único poste de iluminação será substituído por outros fotovoltaicos, que autônomos, tem capacidade de 12h de iluminação. 

Segundo a arquiteta, o projeto é fruto do programa de parceria público-privado e será tocado pelo CRA/MS durante os próximos dois anos. A previsão é de que a praça seja inaugurada em maio do ano que vem. 

Arquiteta vai manter as árvores e inauguração de praça está prevista para maio. (Foto: Alcides Neto)
Arquiteta vai manter as árvores e inauguração de praça está prevista para maio. (Foto: Alcides Neto)
Assim como bicicletário para aproveitar ciclovias.
Assim como bicicletário para aproveitar ciclovias.
Ecoponto está previsto em projeto.
Ecoponto está previsto em projeto.
Reprodução do projeto que prevê até grafite em muro que faz fundo para a praça.
Reprodução do projeto que prevê até grafite em muro que faz fundo para a praça.

Também está previsto um painel e esculturas, com apelo para a arte e um dos muros que fazem fundo para a praça, receberá grafite.

O destaque do projeto se divide entre o bicicletário e o ponto de venda reversa. "Todo mundo abraçou a ideia, é como o bicicletário do Itaú. A proposta é de melhorar a ciclovia e como aqui tem todo o entorno", explica a arquiteta. O bicicletário oferecerá bicicletas a um custo para serem usadas e que depois, podem ser deixadas em algum ponto das ciclovias próximas. No entorno, quem adere à "magrela" tem a Orla Morena, Duque de Caxias, Afonso Pena, Via Morena e Fábio Zahran. 

O mobiliário será feito a partir de madeira biossintética, aquela do resíduo de obra. "Neste pórtico, será uma máquina de venda reversa, que coloca a garrafa PET, por exemplo, e ele te reverte isso em desconto", detalha Kemily. A iniciativa já existe pelo mundo e pode converter recicláveis em descontos de cinema, por exemplo.

Já quanto às lixeiras subterrâneas, a arquiteta junto ao Conselho, está vendo com a Solurb a implantação do sistema. Um contêiner que será aberto apenas para a coleta de lixo, mas que por fora, se mantém como uma lixeira tradicional. "Elas vão manter a praça limpa, porque estando assim, animal não mexe e você ainda separa e incentiva a reciclagem", especifica a arquiteta.

Mobiliário será de madeira biossintética que formará canteiros ao redor das árvores.
Mobiliário será de madeira biossintética que formará canteiros ao redor das árvores.

No piso, a tecnologia "denox", vem como inovação. A arquiteta explica que em contato com a chuva, o piso converte a poluição em nitrato. "Que serve para adubar as plantas. Ele é permeável e uma tecnologia que converte para adubar", afirma.

Com um projeto simples e limpo, até um Ecoponto deve ser instalado para reaproveitar peças de uniformes como dos carteiros. Diretamente, pelo menos oito mil pessoas serão afetadas num dos bairros mais antigos de Campo Grande. 

"Ela será a primeira praça sustentável pelos conceitos que estão sendo trabalhados e pelo social. Além de trabalharmos a arquitetura sustentável, tem a parte de logística reversa e você ainda pode trabalhar com comércio. Afeta várias pessoas, sustentável não é só o Meio Ambiente é inserir o ser humano nele", resume Kemily.

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