ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 20º

Artes

Agente de saúde cria estúdio de rap para quem tem "o bagulho no sangue”

Anny Malagolini | 02/07/2013 07:11
Longe de querer fama, rapper diz que o trabalho tem a única intenção de fortalecer a cultura hip-hop na Capital. (Foto: João Garrigó)
Longe de querer fama, rapper diz que o trabalho tem a única intenção de fortalecer a cultura hip-hop na Capital. (Foto: João Garrigó)

Em um estúdio caseiro, no bairro Tiradentes, é que os grupos de rap de Campo Grande vêm colocando ritmo aos versos pensados em rodas de amigos. Criado há menos de dez meses, pelo agente de saúde e cantor Bruno dos Santos, de 29 anos, o estúdio “Linha dos Versos Home Studio Produção” funciona gravando apenas músicas do movimento hip-hop.

A vontade de interação com a música começou ainda quando pequeno, com o skate. Logo o esporte passou a ser a música e, com isso o talento foi revelado.

Bruno conta que foi seletivo com o que o seu estúdio iria gravar e essa vontade começou os 21 anos, quando resolveu entrar de vez no movimento do rap. “Era um sonho na minha cabeça, de montar o estúdio. Ele surgiu por conta da necessidade em Campo Grande. Eu via fora do estado, cenas desenvolvidas aqui era pouca coisa”.

A crítica é de que outros estúdios apenas gravavam tudo muito profissional e técnico, e para ele o estilo pede sentimento. ”Não tinha o bagulho no sangue”, é assim que ele define o “fazer” rap.

Em comemoração ao aniversário de um ano do “Linha dos Versos”, ele pretende lançar coletânea com todos os grupos que gravaram no estúdio, cerca de 10. E o próximo passo é criar um selo para lançar os CDs dos artistas regionais que foram produzidos por ele.

Sem pretensão de ficar famoso, ou se tornar um rapper ao estilo “50 Cent”, com medalhões de ouro e luxo, ele afirma que todo o trabalho tem uma única intenção. “Quero fortalecer a cultura hip-hop dentro de Campo Grande, para que a chama continue acessa, que pessoas de fora falem de nós”.

Claro que para isso é preciso ter um bom material para divulgação e isso Bruno acredita que faz, de forma bem acessível para quem quer ser um rapper e encarar a vida musical. “O rap é transmitir alguma coisa. Todos nós temos o sonho de ser reconhecido, tocar numa rádio”, admite

Além do preço, que é bem mais acessível do que os outros estúdios, que chegam a cobrar R$ 500,00 por música, ele cobra R$ 100,00.

Mas garante que a procura pelas gravações não é pela pechincha e sim pelo atendimento de quem entende de rap., “Faço toda a mixagem, dou conselho, ajudo a divulgar. Não faço como os outros, eu tenho preocupação em ajudar além de ganhar dinheiro. Não é só gravei e tchau, tento promover. Eles crescem e eu cresço junto com eles”.

O estúdio fica na rua Altair Correia Lima, 170, no bairro Tiradentes, zona leste da Capital.

Nos siga no Google Notícias