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Artes

Filhos de ícones da música compõem juntos, provando que som está no DNA

Lucas Arruda | 17/09/2015 06:34
Novo trabalho de Gabriel Sater também contará com composições feitas com o amigo Daniel Rondon (Foto: Tadeu Bara)
Novo trabalho de Gabriel Sater também contará com composições feitas com o amigo Daniel Rondon (Foto: Tadeu Bara)

Gabriel Sater e Daniel Rondon compõem juntos desde a adolescência. Filhos de Almir Sater e Guilherme Rondon, alguns dos principais nomes da música em Mato Grosso do Sul, a amizade dos dois começou ainda na infância.

“É muito mais que DNA. Nós dois convivemos com grandes compositores em casa, dois grandes exemplos de profissionais por perto. Víamos eles criando, aí tínhamos exemplos dentro de casa, isso nos mostrou o caminho”, avalia Gabriel.

Com o tempo, o gosto pela música foi aumentando, assim como a amizade. Na adolescência, os dois até formaram uma banda com mais um amigo (que também se chamava Daniel), a El Blues, onde Gabriel tocava guitarra e Daniel gaita.

Depois disso, Daniel se afastou um pouco do mundo da música, foi para a faculdade de Turismo, já que a família tem fazenda no Pantanal. “O Gabriel se aprofundou mais na música, se profissionalizou. Para mim se tornou um hobby”, explica.

Mas ainda assim, quando se encontrava com o amigo, eles colocavam a conversa em dia e as composições fluíam. “Adoro compor com o Daniel, modéstia a parte, sempre sai coisa boa”, garante Gabriel.

Qual foi primeira composição juntos? Gabriel não se lembra, porque afinal “já foram muitas”, afirma. Mas a primeira que entrou em um álbum de sua carreira solo é lembrada sem muito titubear. “No meu segundo CD da carreira solo, ‘Essência do Amanhecer’ entrou a faixa ‘Além das Fronteiras’, que nós compomos juntos”, recorda. Neste álbum também entrou a primeira composição instrumental dos dois, a música Corixo Vermelho.

Daniel tocou junto com Gabriel na banda El Blues, quando tinham 15 anos
Daniel tocou junto com Gabriel na banda El Blues, quando tinham 15 anos

Segundo Daniel, nem é necessário que os dois fiquem juntos por muito tempo para que as composições apareçam. “Se nos encontramos por dois ou três dias já sai algo novo, flui naturalmente”, afirma.

O último encontro dos dois, em dezembro do ano passado, também resultou numa nova parceria. “Nós fomos para a praia para termos paz de espírito, colocar a conversa em dia mais uma vez e depois nos inspirar para novas composições”, revela.

Do encontro, saíram músicas como o chamamé “Simbora Aceitar”, que compuseram junto com Luiz Carlos Sá e “Sempre Nunca”. As duas estarão nos próximos álbuns solos de Gabriel. E ainda há trabalhos inéditos, que não foram gravados.

Os dois viajaram pelo interior de Minas Gerais e da experiência surgiu a ideia do projeto “Caminho dos Diamantes”, que ainda está no papel, já que o próximo trabalho solo de Gabriel será o CD “Rio Negro”, que deve sair no próximo anos, após captação de recursos.

“Eu sou um grande fã da música regional como um todo e o Gabriel tem uma pegada muito forte do regionalismo, que começou com nossos pais e outros cantores daqui. Além disso, ele também tem outras influências, o que faz com que seu trabalho seja muito bem elaborado e arranjado. É muito bom que o trabalho dele seja cada vez mais reconhecido e participar disso”, finaliza Daniel.

Gabriel no batizado do filho do amigo.
Gabriel no batizado do filho do amigo.
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