Na base da colaboração, artistas colocam cor em loja que virou ponto de cultura

Um grupo de amigos vai passar o fim de semana desenhando e colocando cores no prédio da Subcultura Records, um espaço de vendas de discos, livros, filmes e gibis. É o bônus para quem resolveu se abrir a todo tipo de manifestação e virou ponto de cultura em Campo Grande.

O lugar precisava de uma cara mais atrativa e recorreu à colaboração gratuita no evento Levanto a Poeira no Subcultura.

Uma amiga encabeçou a ideia e convidou outros artistas para ocuparem as paredes. "Ao mesmo tempo que a loja fica mais bonita e alegre, a gente abre espaço para que os artistas possam divulgar o seu trabalho", justifica Maíra Espíndola, de 37 anos, 

A loja, na rua Dom Aquino, tem um longo corredor que leva à diversidade de obras, músicas, filmes e literatura, com acervo de quase 7 mil filmes e cerca de 600 discos. 

"A minha ideia sempre foi ter uma espécie de sebo, mas também com o lado cultural, podendo agregar amigos que sempre vem com ideias. Desde o inicio da loja, sempre tivemos a ideia de abrir espaço para os artistas," diz o proprietário, Pietro Luigi, de 40 anos.

As tintas são todas doadas e aos poucos um a um chega para dar um força na empreitada. Quem não habilidade artística, compra algum material. "Algumas pessoas também me mandaram esboços de desenhos, mas eu estou aberta às ideias", avisa Maíra.

Os desenhos na parte da entrada saíram da cabela dela. "Estou em uma busca espiritual há alguns anos e isso me levou a chegar nesse tema. A loja está nessa área difícil, onde há prostituição, usuários de drogas e por isso propus fazer um totem com animais de poder, para proteger e atrair quem quer que seja do bem", explica Maíra.

Eles pretendem finalizar hoje, outras pessoas também podem chegar para colaborar e dar ideias.

A nova loja fica na Dom Aquino, 681, no Centro.