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Comportamento

Com bilhetes em bikes, universitário mostra que um pode melhorar o dia do outro

Thailla Torres | 29/07/2016 09:08
O jeito foi deixar um recado para quem insiste em ocupar duas ou mais vagas. (Foto: Marina Pacheco)
O jeito foi deixar um recado para quem insiste em ocupar duas ou mais vagas. (Foto: Marina Pacheco)

São pequenos detalhes que podem melhorar muito o dia das pessoas, mas tem gente que insiste em dificultar. Para não entrar em discussão e fugir do constrangimento, as vezes a melhor maneira é agir como bom humor.

Por isso, o universitário Igor Leal Brito, de 20 anos, depois de tanto ver gente "estacionando" a bicicleta de forma errada na UFMS, ocupando mais de uma vaga, resolveu colocar bilhetinhos no banco de cada bike para que os donos entendessem o recado. 

"Estacione de forma correta, no caso estacione do outro lado deste mesmo espaço...", orientava em um pedaço pequeno de papel colado com fita crepe nos bancos das bicicletas. Pode parecer coisa pouca, mas algo que complica a vida de quem precisa do espaço para deixar a magrela.

"As pessoas não têm muita noção de que algumas coisas atrapalham. Não colocam a bicicleta direito, ela acaba caindo pro lado de um jeito que a gente não consegue deixar a nossa. E todo dia isso acontece", descreve.

Recado foi deixado em bicicletas colocadas erradas. (Foto: Igor Leal)
Recado foi deixado em bicicletas colocadas erradas. (Foto: Igor Leal)

Sem discutir com ninguém, tomou iniciativa do bilhetinho e ainda mandou para uma página no Facebook que divulga os segredos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. "Eu não fiz para reprender, foi uma maneira de informar. Porque é muito mais fácil colocar a bicicleta reta para não ocupar outros espaços, mas eles insistem em deixar na transversal", comenta.

O recado foi colocado em todas as bikes que estavam erradas e o efeito do bom humor foi positivo. No outro dia havia mais vagas e muito mais gente satisfeita. "Ainda tem gente que insiste, mas eu já deixei uma vez, não vou deixar outra. Acho que agora vai da consciência de cada um. E não é de hoje que as pessoas fazem coisas sem pensar nas outras. Por isso a gente tem que falar", justifica.

Teve gente que criticou, mas ele acredita que, no fundo, é uma forma de ajudar a repensar o próprio comportamento. "Não é preciso entrar numa briga, é só pensar que se estivesse fazendo o certo, ninguém precisava deixar recado", pontua.

E a chateação não é exclusividade de quem segue pedalando, na biblioteca também existe comportamento que poderia mudar. Tem aluno que esconde o livro enquanto há fila de espera pelo o conteúdo. "Lá a gente não paga multa de atraso em dinheiro, é com tempo. Com isso tem gente que as vezes está proibido e esconde os livros para que outro aluno não pegue emprestado e ele continue lendo", reclama.

Igor comenta que em alguns casos, o livro de biologia fica escondido na prateleira com conteúdos de geografia, só para ninguém ver. "Imagina se eu vou lá procurar um livro em filosofia? Daí a gente acaba não achando e isso também complica. As pessoas tinham que ter mais consciência...", pede.

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