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Comportamento

Com fusca azul atlântico, de estofado branco, noiva se casa como sempre sonhou

Ângela Kempfer | 27/08/2013 07:24
Os noivos no fim da cerimônia, dentro do fusca.
Os noivos no fim da cerimônia, dentro do fusca.

O Lado B fez a campanha pelo fusca tão sonhado pela noiva Cristiane Pereira e agora conta o desfecho dessa história. A professora de Campo Grande se casou no domingo (25), exatamente como desejava.

Chegou para a cerimônia em um fusca azul atlântico, com estofado branco, vestido retrô e um sorriso estampado no rosto. Tudo ficou ainda mais no clima com a festa em plena tarde, em um espaço com muito verde.

O sonho foi realizado pelo também professor, mas de Educação Física, Conrado Petralas de Faria, de 35 anos, o dono do fusca. Até a sexta-feira retrasada, não havia nenhum veículo do gosto de Cristiane que, detalhista, preparou tudo ela mesma para o casamento, do convite às lembrancinhas.

Conrado ficou sabendo da vontade e ofereceu o xodó como contribuição. O professor tem paixão pelo fusca. Conseguiu comprar do jeitinho que queria, em Taubaté, interior de São Paulo, há 2 anos.”Decidi na hora. Tinha poucos detalhes para mexer."

Cristiane e o noivo Valdemir.
Cristiane e o noivo Valdemir.

Apesar de refeita nos últimos tempos, a cor segue o código da pintura original, de 1966. O carro de 47 anos tem o mesmo motor mil e duzentos e não fica parado na garagem.

“É o meu carro. Não deixo ele parado, tento aproveitar ao máximo. Ninguém sabe o dia de amanhã”, diz o dono, sem deixar claro se o medo é dele morrer ou de ver o fusca pifar.

Conrado morava com a esposa em São Paulo, mas nasceu em Campo Grande, para onde voltou no ano passado. Quando foi fazer a transferência do veículo para Mato Grosso do Sul teve uma surpresa bem desagradável que, por pouco, não acabou com os planos de Cristiane.

“Levei ao Detran e eles suspeitaram de motor adulterado. Ficou 40 dias parado no pátio, naquele sol. Fiquei com o coração na mão. Só na sexta-feira passada liberaram”, conta.

O problema, como todo dono de carro antigo, é encontrar peças em Campo Grande. “A gente acaba pedindo por internet”, comenta. Mas nada diminuiu o amor pelo fusquinha de calotas brancas.

No domingo, Conrado foi buscar Cristiane no salão de beleza e seguiu dirigindo até o local da cerimônia, em uma conversa com a noiva que durou 20 minutos. “Ela estava toda feliz, porque tudo ficou do jeito que ela queria. É muito bom ter contribuído para isso”, diz Conrado.

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