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Comportamento

É possível saber quando alguém está preparado para encarar a maternidade?

Maria Auxiliadora Budib, especial para o Lado B | 11/05/2014 07:48

A partir de hoje, o Lado B tem a colaboração de Maria Auxiliadora Budib, médica ginecologista, obstetra e, o principal: mãe. Como não são poucas as dúvidas de quem encarou a responsabilidade de colocar uma criança no mundo, Dorinha, como é conhecida, tenta contribuir com essa tarefa. De saída, ela lança a pergunta: "Afinal, estou preparada para a maternidade?". 

É possível saber quando alguém está preparado para encarar a maternidade?

Que as mulheres hoje dominam o mercado de trabalho, que são maioria nas universidades e nos cursos de pós-graduação, isso já não é novidade. Essa mesma mulher, que acorda disposta a mudar o mundo, a lutar por seus direitos é aquela que chega insegura quanto ao desafio da maternidade. Quando me tornar mãe? Quando parar o método contraceptivo e planejar o início de uma família?

Esse dilema vem acompanhado pelo famoso despertar do "relógio biológico", termo usado para tradução de que os ovários iniciam sua falência, com ovulações espaçadas, dificultando a concepção.

O adiamento da gravidez para condição ideal, após a conclusão dos estudos, da carreira estável, do casamento dos sonhos, da viagem em vários locais antes da chegada do bebê, não leva em conta o limite da fertilidade e, muitas vezes, quando o desejo de ser mãe é despertado leva o casal às clínicas de reprodução assistida.

Ninguém questiona a importância das novas tecnologias e a importância da Reprodução Assistida na vida de milhares de casais em todo mundo, mas o adiamento da concepção com o objetivo de ter as etapas dos sonhos cumpridas, pode cobrar um preço alto.

Para um bom planejamento da chegada do bebê, o preparo emocional é tão importante quanto o financeiro. A maternidade exige tempo de cuidado com o corpo, tempo de descanso, tempo de preparo do enxoval e, o mais importante, tempo de vida de dedicação exclusiva mamãe/bebê.

Cabe ao casal discutir pontos básicos do relacionamento, para que a criança que vai chegar seja sempre a ponte que una pai e mãe e não a ponte que separa... É muito comum, infelizmente, a separação de casais nos primeiros anos de vida de seus filhos, pelo motivo mais incabível de que depois da chegada do bebê a esposa não mais encontra tempo ao parceiro ou porque o marido agora só enxerga o bebê dentro de casa. Um diálogo franco vai proporcionar o entendimento de ambas as partes e a agenda será "esticadinha" para caber ainda mais amor no dia-a-dia do casal.

Se bateu aquela vontade de ser mãe, consulte o médico e faça os exames pré-concepcionais. Essa avaliação proporcionará segurança de que tudo está "em ordem" para receber o bebê. O ácido fólico e as vitaminas devem ser prescritos antes mesmo da interrupção do método contraceptivo usado de rotina, para evitar malformações.

E lembre-se, mais do que tudo planejado, o importante é saber que o "amor a caminho" será o mais extraordinário de sua vida!

Uma doce espera a você!

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