ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  26    CAMPO GRANDE 31º

Comportamento

No Facebook acadêmicos fazem confissões e contam "segredos" da UFMS

Elverson Cardozo | 05/06/2013 06:35
Página no Facebook. (Foto: Reprodução/Internet)
Página no Facebook. (Foto: Reprodução/Internet)

A criatividade parece estar em alta entre os acadêmicos da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Depois do “sucesso” da “Spotted: UFMS”, página do Facebook que “ajuda” quem está à procura de um amor de corredor, usuários criaram um perfil, na mesma rede, para compartilhar segredos que surgem lá dentro, no campus.

“Afim de confessar algo totalmente anônimo? Contar segredos, desabafos, que fizestes pela nossa UFMS. Aqui é seu lugar. Mande inbox”. É este o anúncio da “Segredos UFMS”. A “propaganda”, pelo visto, teve efeito.

A menos de uma semana no ar, a página já tem quase 1 mil seguidores e várias confissões. Têm de tudo um pouco. O conteúdo vai das declarações de amor às reclamações de matérias, professores, das capivaras e até dos salgados ruins vendidos na nova lanchonete.

“Eu confesso que os salgados na nova lanchonete instalada na química são horríveis, não tem recheio e a massa é de farinha de trigo velha. Ah, e lá não aceita cartão. Tou de cara”.

O público é diversificado. Há os tímidos, sonhadores, românticos e solitários, como é o caso do indivíduo que fez o post inaugural. "Confesso que sinto um pouco de inveja das pessoas que chegam no RU [Restaurante Universitário]e são recebidas com acenos e sorrisos dos colegas/amigos e os convidando pra almoçar juntos. Gostaria que, pelo menos de vez em quando, um daqueles acenos fosse pra mim”.

A sinceridade, ao que tudo indica, parece ter mexido com alguns. "Confesso que fiquei com dó da pessoa que postou o primeiro segredo aqui dizendo que não tem ninguém que espera por ela/ele no RU. Não gosto de ver as pessoas tristes e fiquei com vontade de convidar essa pessoa pra almoçar. #ufmsdasolidão".

“Com certeza. Aquele foi o segredo mais sincero que revelaram aqui”, escreveu um rapaz. Pode até ser, mas as outras declarações não ficaram para trás. O anonimato encorajou muita gente a contar que já “pintou e bordou” pelo campus da universidade.

Vista aérea da universidade. Local esconde muitos "segredos". (Foto: Reprodução/Internet)
Vista aérea da universidade. Local esconde muitos "segredos". (Foto: Reprodução/Internet)

"Confesso que fiz coisas no fundo do Teatro Glauce Rocha e o guardinha pegou a gente. Ainda bem que deu tempo para nos recompor e sair”, escreveu uma.

Outro, mais ousado, rasgou o verbo: “Confesso: Já fiz sexo atrás do RU, debaixo das arquibancadas das piscinas, no estacionamento do Glauce, num banheiro do CCBS e no estacionamento do Morenão”.

Pelo menos estava em vantagem. Teve que ainda não colocou o desejo em prática. “Tenho vontade de fazer sexo no elevador da Facom. Pena que são poucos andares."

Na lista das “confissões engraçadas”, a da garota que deixou o celular cair no vaso, mas pegou o aparelho, lavou e continuou usando. Outra ou outro – não se sabe - compartilhou a experiência que viveu no mesmo ambiente.

“Confesso que já fiquei preso no banheiro da unidade 6 porque a porta emperrou e não tinha ninguém no bloco que me socorresse. Aí eu tive que pular de dentro, deixando a porta estragada para poder sair”.

Há quem comente - e tire sarro - da própria situação financeira. “Confesso que não tenho R$ 2,50 todo dia”. Tem os que assumem não ter estudado para prova e até aqueles que, diante dela, caiu, literalmente.

"Certa vez fingi um desmaio no meio da prova de cálculo por não saber nada. Resumindo: acabei sendo levada para o hospital "desacordada" e fiz a prova de novo (não me orgulho disso) e ainda tomei Benzetacil. No próximo SISU me inscrevo para Teatro."

Como na universidade, na página dos segredos já existe de tudo um pouco. Tem, para o equilibrio necessário - ou ódio geral da nação - os sensatos: "A verdade é: muitos passam, poucos se formam, uma minoria atua na área e apenas os bons chegam ao doutorado"

Na contramação de qualquer sensatez, tem até quem se ofereça para fazer programa. Como dizem por aí, é "ver para crer".

Nos siga no Google Notícias