ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  26    CAMPO GRANDE 33º

Comportamento

Para emplacar restaurante japonês aqui, empresário adotou nome bem brasileiro

Elverson Cardozo | 13/01/2015 06:24
Restaurante fica no bairro Cabreúva. (Foto: Alcides Neto)
Restaurante fica no bairro Cabreúva. (Foto: Alcides Neto)

Há 20 anos, quando o empresário Thosio Hisaeda, 65, resolveu abrir um restaurante japonês em Campo Grande, no bairro Cabreúva, ele não pensou duas vezes e batizou o lugar de “Dona Maria”. Era o nome da esposa do primeiro sócio.

Não foi por falta de opções, muito menos por acaso. Além da facilidade em decorar, o nome, argumenta, carregava – e ainda carrega - uma certa brasilidade, coisa que, na ocasião, era de extrema importância, já que a intenção era vender comida oriental, mas para brasileiros, sul-mato-grossenses, acostumados com churrasco e mandioca.

Thosio foi cauteloso. Além de usar “Dona Maria” como marketing, se apropriou da cultura gastronômica local. Para atrair a clientela, oferecia espetinhos de carne assada. Foi assim que, entre garfadas e pedidos, muita gente conheceu o Yakisoba e o Sobá, pratos que também faziam parte do cardápio, mas eram simples coadjuvantes na lista de preferências regionais.

Thosio começou vendendo espetinhos e hoje tem o Yakisoba como carro chefe. (Foto: Alcides Neto)
Thosio começou vendendo espetinhos e hoje tem o Yakisoba como carro chefe. (Foto: Alcides Neto)

A estratégia deu certo. O negócio “vingou”. Hoje, os espetinhos continuam a figurar entre as opções, que incluem, ainda, porções de batata frita, de frango à passarinho e de costelinha de pacu. Mas o churrasquinho já não é mais o carro-chefe do negócio.

Quem ocupa o “posto”, agora, é o Yakisoba. Com o passar dos anos outros pratos foram incorporados, inclusive os de “peixe cru”, com alguns costumam dizer.

Atualmente, o restaurante serve sushi, sashimi (de tilápia, salmão e polvo, atum, etc), temaki (nori (folha feita a partir de algas marinhas), arroz especial, salmão e cebolinha), frango xadrez (frango (empanado e frito), cenoura, pimentão, salão, acelga, cebola, brócolis, molho) e yakimeshi (arroz especial, camarão, ovo, carne de porco, cenoura, cebolinha).

“Nosso tempero é próprio e nós fazemos o macarrão”, comenta Toshio, sobre os pratos que levam a massa. Tem, ainda, o harumaki (massa de farinha de trigo, com recheio de carne de porco, repolho e moyashi (brotos)), gyouza (massa de farinha de trigo com recheio de nirá (alho japonês), alho, carne de porco e cebolinha), entre outros.

Cozinha é aberta e fica no meio do restaurante. (Foto: Alcides Neto)
Cozinha é aberta e fica no meio do restaurante. (Foto: Alcides Neto)

O fundador faz questão de dizer que preza pela qualidade dos produtos, por isso ressalta que construiu uma cozinha aberta, no meio do restaurante, para quem quiser assistir às preparações.

Duas décadas de funcionamento fizeram do Dona Maria um estabelecimento tradicional. O local que atraia de 50 a 100 clientes no começo, hoje reúne de 350 a 600 em dias de maior movimento.

Serviço – O restaurante fica na Avenida Ernesto Geisel, 5915, no bairro Cabreúva, em Campo Grande. Funciona de segunda a quinta-feira, das 18h às 23h e, na sexta e sábado, das 18h às 0h. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (67) 3321-0305.

Nos siga no Google Notícias