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Comportamento

Um amor que resiste até a reforma no telhado

Ângela Kempfer | 10/10/2012 10:29
Heloísa mostra buraco reaberto por maritacas. (Fotos: Rodrigo Pazinato)
Heloísa mostra buraco reaberto por maritacas. (Fotos: Rodrigo Pazinato)
Pedaços da parede, quebrados pelas maritacas.
Pedaços da parede, quebrados pelas maritacas.

A história é tão bonitinha, de tamanha humanidade, que não poderia passar batida aqui pelo Lado B. Começou há anos, no telhado da empresária Heloisa Carvalho Cury.

Um casal de maritacas virou hóspede assíduo, sempre no mês de outubro. Ficam até os filhotes aprenderem a voar e vão embora.

Mas este ano, a dona da casa resolveu fazer uma reforma no telhado, justamente no ninho de amor das aves visitantes. Na obra, o beiral foi fechado e o acesso interrompido.

“Fiquei muito preocupada com as maritacas, aborrecida mesmo, com a consciência pesada, mas não tinha outra solução. O telhado estava comprometido”, justifica Heloísa.

Quando o pedreiro responsável pela obra entrou no local, novamente a proprietária pensou em desistir da obra. “Ele disse que tinha gravetos até a altura da cintura dele, levados pela maritacas para formar o ninho”, conta.

Mas a surpresa veio mesmo depois de tudo concluído. Outubro chegou e na semana passada as maritacas pousaram em Campo Grande.

Indignado, ao se deparara com a entrada do telhado fechada, o casal resolveu agir. “Comecei a ouvir uma barulheira no telhado, pensei que alguma coisa ia cair lá. Mas quando fui ver, era o macho abrindo a passagem na marra, no bico. Ficaram 2 dias me torturando com o barulho”, conta Heloísa.

Os pedaços da parede ainda estão espalhados pelo quintal e as aves já podem namorar tranquilamente. “Fiquei feliz por saber que o amor transpõe até parede de tijolos. A casa é deles”, diz conformada a verdadeira dona da casa.

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