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Comportamento

O que era estranho há 13 anos, hoje é indispensável ao mercado publicitário

Ângela Kempfer | 04/03/2012 07:25
Equipe do Campo Grande News pelo interior de MS, Estado com sites em todas as regiões hoje.
Equipe do Campo Grande News pelo interior de MS, Estado com sites em todas as regiões hoje.

A estranheza diante de algo nervoso e desconhecido fez por algumas vezes colegas de turma da primeira “faz tudo” do Campo Grande News dispensarem alguns olhares curiosos em direção à Tarsila Campos.

A moça, ainda no curso de Jornalismo, foi a primeira contratada para um desafio e tanto: colocar no ar o primeiro jornal “virtual” de Mato Grosso do Sul: o Campo Grande News.

“Surgiu uma oportunidade única para mim quando estava fazendo a faculdade de jornalismo. Fui indicada para trabalhar com o Lucimar Couto num projeto diferente, um jornal online. Trabalhávamos numa salinha nos fundos da Tendência, empresa de pesquisa. Era muito difícil pois naquela época não nos davam muito crédito como jornalistas sérios, não tínhamos nome e as pessoas não entendiam esse negócio de jornal na internet".

Em um estado tão pequeno, a pretensão parecia gigante, mas como a internet fascina desde os primórdios, quem era Tarsila para reclamar das ligações constantes a qualquer hora do dia ou da noite, vindas de um chefe entusiasmadíssimo com a empreitada e sempre com uma tarefa a ser executada e “para ontem”.

Lucimar Couto, o dono da ideia, nunca fez cerimônia para cobrar. “Não quero saber o que os outros publicam, quero saber se o nosso conteúdo tem qualidade”, sempre falou e ainda hoje diz a quem ousar se escorar em algum erro da concorrência para ganhar elogios.

"O que era mais legal é que com somente 2 jornalistas eu pude entrevistar de dona de casa a governador. Uma coisa que me marcou foi a cobertura da invasão do Banco do Brasil pelo MST. Eu fui com meu celular e ligava toda hora para o Lucimar para atualizar as informações: “quebraram a porta de vidro”, “mandaram a lista de exigências”. E nós fomos postando cada nova movimentação.", relembra Tarsila.

"É legal ver a proporção que o Campo Grande News tomou hoje, não há quem não conheça. É uma referência de notícias na cidade e no Estado. Não dá para deixar de ler. Tenho muito orgulho de ter participado de tudo.”, completa.

Foi o projeto vingar e os portais se abriram para inúmeros sites espalhados por Mato Grosso do Sul, uma rede de informações integrando municípios de todas as regiões e até caçulas como Paraíso das Águas, que antes mesmo de ganhar um prefeito já tinha um site de notícias.

A divulgação de reportagens em tempo real, sem titubear, era estranha ao público, à equipe e também ao mercado publicitário.

“Foi novidade e novidade leva tempo para o entendimento, para saber como podemos explorar. Foi muita coragem apostar no novo e isso já estava acontecendo nos grandes centros. Foi um cenário conquistado pelo Campo Grande News e hoje, dependendo da campanha, a internet é a maior mídia de apoio”, lembra Gilmara Leite da agência Mídianova.

Da Slogan, o publicitário Henrique Medeiros também cita o interesse do mercado como maior prova da força da internet. Hoje o Campo Grande News tem cadeira cativa na apresentação das possibilidades de propagandas aos clientes. “O Campo Grande News é sempre solicitado no plano de mídia. É um produto que apresenta grande diversidade de conteúdo. É obrigatório quando envolve internet”.

Ao falar sobre as centenas de possibilidades de propaganda na era da internet, Luis Augusto Paraná, da Remat, resumia os motivos dessa transformação no mercado. “Os portais, sites, a internet, eram mídias alternativas e hoje são obrigatórias, porque todo mundo vê. O volume de pessoas conectadas era muito pequeno e hoje é muito grande, nas escolas, trabalhos, todo mundo utiliza. A capacidade de avaliar o resultado é maior, pelo site você sabe exatamente quantas pessoas acessaram e de onde”.

Passados 13 anos, em tempos de mídias sociais, esquisito mesmo é não estar conectado, diz o publicitário Thiago Penna, também da Midianova.

“O Campo Grande News é um dos maiores meios de comunicação do Estado. O jornal está sempre incluído no plano de mídia e se tratando de internet ele não pode ficar fora. Desde o inicio o jornal evoluiu muito, inclusive no layout. No começo não havia retorno certo, já que o acesso a internet não era algo disponível a todos, mas agora já se tornou mais importante que a mídia impressa”.

Em dia de festa, a equipe confraterniza com o leitor. (Foto: João Garrigó)
Em dia de festa, a equipe confraterniza com o leitor. (Foto: João Garrigó)
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