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Consumo

Empresária tem duas faculdades, mas foi vendendo bolsas que bombou na internet

Aline Araújo | 24/07/2014 06:19
Vivi hoje tem uma loja de bolsas em Campo Grande.  (Foto: Marcelo Calazans)
Vivi hoje tem uma loja de bolsas em Campo Grande. (Foto: Marcelo Calazans)

Se a moda é desapegar ou impulsionar as vendas nas redes sociais , a socióloga e acadêmica de Direito Vivian Amado Rodrigues Jorge, de 23 anos aproveitou bem essa onda. Com grupo no Facebook “Comércio Delas”, criado há pouco mais de dois anos chegou a uma proporção que a campo-grandense nem imaginava.

Hoje o grupo tem mais de 26 mil membros e cerca de 600 novas pessoas solicitam a participação por dia. As fronteiras virtuais já ultrapassaram as divisas de Campo Grande e alcançam pessoas de Rondônia, São Paulo e até do Acre.

No grupo, é possível encontrar desde roupas, sapatos, acessórios, até doces, brinquedos de criança e maquiagem. Ela não ganha nenhuma comissão em cima dos produtos vendidos por lá, mas o reconhecimento é gratificante. “As pessoas, geralmente humildes, me reconhecem e param na rua para agradecer ou trazem alguma lembrancinha aqui na loja. Dizem que por meio do grupo elas conseguiram vender o que queriam e levantaram algum dinheiro”, relata Vivian.

Mesmo com as duas formações, ela conta que não troca a carreira de comerciante por nenhuma outra. “Eu desde pequeninha, sempre gostei de vender as coisa, pegava algo na loja da minha mãe vendia para as colegas da escola”, lembra.

O grupo criado por ela tem mais de 26 mil membros. (Foto: Marcelo Calazans)
O grupo criado por ela tem mais de 26 mil membros. (Foto: Marcelo Calazans)

Quando estava cursando as faculdades, sentiu a necessidade ganhar um dinheiro extra. Juntou o pouco que tinha e com o namorado Jorge Luis Franco, de 23 anos, seu sócio, percorreram as lojas de preços populares para comprar coisas que tinham potencial de serem revendidas.

Assim começou a entrar no mundo dos negócios. A empresária conta em que momento chegou a conclusão de que era isso que queria fazer. “Eu estava andando pelo centro quando começou uma chuva forte, voltei em um dos lugares que fazia compra e comprei dez guarda-chuvas por R$ 3.00, voltei para onde estava, abri a porta do carro e comecei a gritar: Guada-chuva R$ 10.00!”, conta Vivi, que na época tinha um carro amarelo para chamar atenção.

(Foto: Marcelo Calazans)
(Foto: Marcelo Calazans)

Os negócios foram crescendo. Hoje ela tem uma loja física especializada em bolsas que despacha encomendas para todo País. Por meio da rede, além de vender, ela já consegue ajudar outras pessoas que estão começando no e-comerce.

O “Comércio Delas”, como o nome já diz, é voltado para o público feminino, para garantir privacidade na hora da venda. “No começo eu aceitava todo mundo, mas vi alguns comentários maliciosos nos posts das meninas com fotos para vender biquine ou bronzeamento artificial e resolvi banir os homens”, explica.

Tem gente que aproveita o espaço para pedir dicas. “Meninas, estou gestante e com muita vontade de comer panetone, alguém sabe aonde eu encontro?” questiona uma das seguidoras. Em pouco tempo, várias meninas respondem com possíveis locais em Campo Grande.

Ianne dos Santos Viédes, 19 anos, é outro exemplo de que o grupo também funciona bem quando o obejtivo é se desfazer de produtos na rede social. Ela está indo embora com o marido para Bélgica, estudar e morar com a mãe e em uma semana conseguiu vender toda a mobília da casa apenas com postagens no Facebook. “Postei em quatro grupos e vendi quase tudo, estou terminando de negociar o guarda-roupa. Funciona muito”, afirma.

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