Carnaval de lembranças volta ao som das marchinhas
O Carnaval de antigamente reaparece sempre que toca uma marchinha. É inevitável. Na Praça do Imigrante, no final de semana, a bandinha tocou para que gente fantasiada lembrasse de boas épocas.
O casal Marco Antônio e Eleuza virou os palhaços Pirulito e Pipoca. Com cabelo feito de balões, eles eram a alegria do pré-carnaval em Campo Grande na última sexta-feira.
“Lembro dos meus avós em Uberaba. Eles me levavam para o Carnaval de rua quando era pequena”, conta Eleuza, que conheceu o marido em um baile. “Gosto de gente animada”, justifica.
Eleuza tem a mãe corumbaense, o começo da explicação para tanto ânimo no Carnaval. Com a roupa colorida e os sapatos feitos de garrafa pet, a palhaça Pipoca dançou o quanto pode ao som da banda Charanga e de músicas como Mamãe eu Quero e Saca Rolhas.
O pré-carnaval na Praça do Imigrante ocorre todos os anos, com a organização da Fundação de Cultura e apoio dos artesãos que trabalham no local e ajudam a decorar o espaço com muita serpentina e brilho.
Para a cabeleireira Antônia Oshiro, o melhor da festa ao ritmo das marchinhas é a tranquilidade.
Longe do axé e de letras provocantes, ela acha que é mais fácil preservar o clima familiar. “Não gosto de carnaval com axé que sempre tem briga no final. Aqui não, é tudo muito tranquilo, tem gente mais velha”, comenta ao lado da neta de 3 anos.
