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Games

Surge o Game Boy, o “gigante” portátil, 1º console do tipo da Nintendo

Edson Godoy | 02/12/2014 06:56
Game boy.
Game boy.

Na matéria anterior, falamos sobre o Mega Drive, console de 16 bit da SEGA, que fez um sucesso estrondoso nos Estados Unidos e no Brasil e que marcou o auge da SEGA na indústria dos videogames. No final dos anos 80 o mercado de consoles estava bem agitado. O NES (nintendinho) bombava e a chegada do Mega Drive esquentava ainda mais a briga entre SEGA e Nintendo.

Porém, um mercado estava bastante esquecido: o dos consoles portáteis. Até então, a indústria dos videogames portáteis se resumia aos minigames, aqueles pequenos aparelhos de apenas um jogo. E existia uma enxurrada deles.

A própria Nintendo produzia uma linha muito boa de minigames, denominada Game & Watch. Em 1979, houve uma tentativa de emplacar um console portátil: o Microvision, fabricado pela Milton Bradley. Mas o mercado não parecia estar pronto para esse tipo de produto e o console foi descontinuado em 1981, com pouquíssima aceitação.

Com o estrondoso sucesso do NES, a Nintendo percebeu que poderia ampliar essa fatia no mercado, criando um console com cartuchos intercambiáveis, quase que como uma evolução do excelente trabalho que ela fazia com a linha Game & Watch.

Eis que em Agosto de 1989, pelas mãos de Gunpei Yokoi, surge o Game Boy. O console era um 8 bits, com tela monocromática (um preto e brando, mas esverdeado). O sucesso foi instantâneo. A primeira leva do produto nos Estados Unidos vendeu em poucas semanas.

Junto com o aparelho, o jogo que o acompanhava, Tetris, ganhou notoriedade também, virando um grande sucesso. O game era um “time killer”, um matador de tempo, de primeira! E rapidamente conquistou a todos. Além disso, a simplicidade do console era um de seus charmes. O console funcionava com 4 pilhas AA, que duravam várias horas de jogatina. O som do console era ótimo: no geral possuía músicas de qualidade semelhante ao NES, e algumas vezes até melhor.

Outro importante fator para o seu sucesso imediato: dos seis títulos disponíveis nos Estados Unidos na época do lançamento, um deles chamava bastante atenção. Super Mario Land, versão portátil do maior sucesso da Nintendo. O game agradou bastante. Era simples mas ao mesmo tempo cheio de alternativas para o jogador. Também era um game curto/rápido. Lembro que quando guri, terminava o jogo em coisa de meia hora. E me divertia bastante durante todo esse tempo.

O console ficou no mercado inalterado até 1996, quando versões slim do console, denominada Game Boy Pocket, foram lançadas em vários locais do mundo. Essa versão era mais fina, utilizava menos energia (apenas duas pilhas AA), que duravam ainda mais tempo. Além disso a tela teve uma melhora significativa, deixando para trás o monocromático (esverdeado), e se tornando um verdadeiro preto e branco.

Em 1994, a Nintendo lançou um cartucho para o Super Nintendo, denominado Super Game Boy. Ele possibilitava jogar todos os jogos de Game Boy no Super Nintendo (e até alguns de Game Boy Color), com uma pequena vantagem: os games ganhavam algumas cores. Inclusive o vídeo que está no final da matéria é de um game de futebol rodando com essas cores extras, só que no Game Boy Player do Gamecube, que além de Game Boy, rodava jogos do Game Boy Color e até de Game Boy Advance.

O Game Boy ficou no mercado até 2003, vendo um total de quase 120 milhões de unidades. Um número astronômico. A Nintendo continua isolada na liderança do mercado de consoles, hoje com o Nintendo 3DS. Na época em que o Game Boy foi lançado, ele competia com consoles coloridos, como o Atari Lynx, o Sega Game Gear e o Turbo Express, versão portátil do Turbografx-16, porém mesmo com especificações mais avançadas, nenhum deles conseguiu fazer sequer cócegas no pequeno gigante da Nintendo.

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