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Lado B

Manisfetação a favor da Igrejinha reúne escolas

Elverson Cardozo | 24/11/2012 16:30
Encontro foi realizado no calçadão da rua Barão do Rio Branco. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Encontro foi realizado no calçadão da rua Barão do Rio Branco. (Foto: Rodrigo Pazinato)

Carnavelescos e simpatizantes de pelo menos três escolas de samba de Campo Grande fizeram uma manifestação pacífica neste sábado (24), em solidariedade aos integrantes da Igrejinha, que teve seu barracão interditado pela justiça e está proibida de fazer qualquer tipo de apresentação. A agremiação corre o risco de não desfilar no carvanal de 2013.

O prostesto, realizado na rua Barão do Rio Branco, região central da cidade, levou a bateria da escola à rua. Eles se uniram ao som dos “Catedráticos do Samba” e da “Deixa Falar”, outra escola que foi notificada este ano e corre o risco de interdição.

Passistas tomaram conta do calçadão, ao lado dos integrantes do Teatro Imaginário Maracangalha. O diretor do grupo, Fernando Cruz, é o coreógrafo da comissão de frente da escola.

O objetivo, além do protesto, foi chamar a atenção da sociedade e promover uma reflexão acerca da importância cultural das escolas de samba que desfilam em Campo Grande.

As portas da Igrejinha estão fechadas desde o dia 14 de novembro, por conta de uma ação do MPE (Ministério Público Estadual), que obriga a entidade a se adequar em um projeto de impacto ambiental. O processo foi aberto este ano, após denúncia de moradores que reclamam do excesso de barulho e de baderna.

O pedido de isolamento acústico do barracão onde ocorrem os ensaios é o ponto principal da discussão que levaram os membros à rua hoje pela manhã. A escola diz que, se ficar sem promover eventos, não vai conseguir arrecadar dinheiro para o carnaval do ano que vem.

Além disso, o orçamento da agremiação, segundo a presidência, é insuficiente para contemplar as adequações solicitadas. O metro quadrado da estrutura acústica do teto custa R$ 80,00. “Tudo isso reflete em custo”, disse Paulo Freixes, presidente da agremiação.

Assessor jurídico da Igrejinha, Osvaldo Pimenta Abreu. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Assessor jurídico da Igrejinha, Osvaldo Pimenta Abreu. (Foto: Rodrigo Pazinato)

“São 160 mil para forrar”, informou o secretário e assessor jurídico da escola, Osvaldo Pimenta Abreu, de 53 anos, que questiona a posição do poder público por ter interditado o barracão antes do prazo estabelecido para adequação que, segundo ele, era de 30 dias.

“Não havíamos nem sido citados”, comentou, ao dizer que considera a decisão “arbitrária”.

Sobre as reclamações feitas por vizinhos, Osvaldo concorda em partes e diz ter “plena certeza” de que a “baderna” não partiu dos frequentares do barracão, mas disse que isso também não foi levado em conta pelo denunciante.

“Se me provarem eu retiro minha palavra, abandono meu cargo e saio da escola”, garantiu. Há problemas, reconheceu, mas não precisava ter acionado a justiça.

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