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Lado B

Ópera trouxe burguesia parisiense aos palcos do Glauce Rocha

Elverson Cardozo | 04/06/2012 15:22
Cantores, solistas, bailarinos e figurantes deram vida à história de amor de Violetta Valery e Alfredo Germont. (Foto: Elverson Cardozo)
Cantores, solistas, bailarinos e figurantes deram vida à história de amor de Violetta Valery e Alfredo Germont. (Foto: Elverson Cardozo)
Festa no salão de uma casa parisiense. (Foto: Elverson Cardozo)
Festa no salão de uma casa parisiense. (Foto: Elverson Cardozo)

Três dias de espetáculo surpreendente pela super produção em Campo Grande. A Ópera La Traviata, do compositor italiano Giuseppe Verdi, trouxe a alta burguesia parisiense ao palco do teatro Glauce Rocha.

A montagem se destacou pela qualidade técnica e artística. Cantores, solistas, bailarinos e figurantes se revezaram para contar a história de amor de Violetta Valery e Alfredo Germont, personagens interpretados pela soprano Vilma Bittencourt e o tenor Dênis Lopes.

Nos dias em que foi encenado, o espetáculo durou, em média, 3h30. Das cadeiras do teatro a platéia vivenciou uma amostra da vida de luxo e glamour na Paris marcada por conflitos sociais e diferenças entre o velho e o novo.

"La Traviata" reuniu, no total, 31 cantores que integram o coral do Sindat (Sindicato dos Agentes Tributários Estaduais de Mato Grosso do Sul) e 9 solistas, além de 4 figurantes, 11 dançarinos e um convidado do corpo de balé da Universidade Anhanguera-Uniderp.

Os personagens, em trajes de época, deram ar de nobreza à montagem, que foi encenada em 4 atos, com intervalos de 15 minutos.

Em trajes de época, coralistas do Sindat eram os convidados da festa. (Foto: Elverson Cardozo)
Em trajes de época, coralistas do Sindat eram os convidados da festa. (Foto: Elverson Cardozo)
Alfredo Germont e Violetta Valery. (Foto: Elverson Cardozo)
Alfredo Germont e Violetta Valery. (Foto: Elverson Cardozo)

A montagem levou ao teatro dezenas de espectadores, alguns acostumados ao palco, outros ao gênero, mas também que nunca tinha assistido a uma ópera, como a funcionária pública estadual, Consuelo Maria Gomes, de 52 anos, que soube da apresentação na repartição onde trabalha.

Tentou convencer os filhos e amigas a fazerem companhia, mas acabou indo sozinha. Fã da Música Popular Brasileira, Consuelo gostou do novo estilo, mas o destaque mesmo foi para a roupa dos personagens. "O figurino de época chamou a atenção", declarou.

O conteúdo da peça, que foi encenada em Italiano, ela só entendeu porque tinha tradução simultânea em um telão acima do palco. Agora, afirmou, pretende assistir novas apresentações do gênero.

Da esquerda para direita: Michele, Elaine e Tatiane. Amigas "curtiram" espetáculo. (Foto: Elverson Cardozo)
Da esquerda para direita: Michele, Elaine e Tatiane. Amigas "curtiram" espetáculo. (Foto: Elverson Cardozo)

A psicóloga Michele Spies Machado, de 34 anos, conseguiu "arrastar" as amigas, a advogada Elaine Brito, de 35 anos e a enfermeira Tatiane Nantes, de 34 anos.

"A gente veio mais pela parceria, pela amizade de 30 anos", brincou Elaine. A advogada deu destaque ao balé que fez uma apresentação sincronizada à ópera. "Trouxe mais vida", disse. Já a enfermeira gostou do "estilo teatral" do espetáculo.

Em Campo Grande, a ópera La Travita foi encenada no dias 1, 2 e 3 de junho. A direção musical é do maestro Dênis Lopes, que foi o tenor protagonista. Francisco Mayrik assina a direção cênica.

A coreografia do balé foi de Maria Helena Pettengill e Sonia Rolon. Já a produção é de Ana Maria Nomura e Vania Drosghic. Os pianistas foram Ana Paula Soares Ferreira e Ângelo Souza dos Santos.

"La Traviata" (em português A Transviada) estreou no dia 6 de março de 1853, no Teatro La Fenice, em Veneza, na Itália. Uma obra de Giuseppe Verdi, com libreto de Francesco Maria Pivae, baseada no romance "A Dama das Camélias", de Alexandre Dumas Filho.

Corpo de balé da Universidade Anhanguera-Uniderp. (Foto: Elverson Cardozo)
Corpo de balé da Universidade Anhanguera-Uniderp. (Foto: Elverson Cardozo)
Dançarinos realizaram apresentação sincronizada à ópera. (Foto: Elverson Cardozo)
Dançarinos realizaram apresentação sincronizada à ópera. (Foto: Elverson Cardozo)

Enredo- Na salão de festa de uma casa parisiense, o jovem burguês Alfredo Germon, um tenor lírico recém-chegado, declara, enfim, seu amor à Violetta Valery, uma prostituta, a quem amava em segredo.

Mas Violetta não acredita que possa ser feliz levando uma vida diferente da que estava acostumada. Ao pretendente entrega uma flor e pede que retorne quando a rosa murchar. Sozinha, depois do encontro, abre o coração e revela que deseja amar e ser amada.

Apaixonado, o casal passa a morar em um casa de campo perto de Paris, mas Violetta sofre preconceito do pai de Alfredo. Giorgio Germon não aprova o relacionamento e pede que ela se separe do filho, para não prejudicar a reputação da família e da filha que está prestes a casar.

A mulher decide esquecer o grande amor, deixando-lhe apenas uma carta de despedida, mas Alfredo, desconfiado, vai atrás dela em uma festa, onde a vê junto ao barão Douphol, seu protetor da época.

Sozinha, após declaração de Alfredo, Violetta revela que deseja amar e ser amada. (Foto: Elverson Cardozo)
Sozinha, após declaração de Alfredo, Violetta revela que deseja amar e ser amada. (Foto: Elverson Cardozo)
Após insultar a amada, Alfredo se vê arrependido. (Foto: Elverson Cardozo)
Após insultar a amada, Alfredo se vê arrependido. (Foto: Elverson Cardozo)

Na tentativa de evitar novos atritos, Valery mente e diz gostar de Douphol. Furioso, Alfredo atira em seu rosto todo o dinheiro que havia ganhado no jogo de cartas contra o barão, dizendo a todos que já havia pago pelo período em que passaram juntos.

Com o insulto, Violetta, que sofria de tuberculose, desmaia. O jovem é censurado pelos convidados da festa. Giorgio Germon surge e também repreende o filho pelo comportamento.

Todos expressam desespero. Alfredo seu remorso, já Germont percebe que o amor de Violetta é verdadeiro e externa sua piedade. O barão, por sua vez, demonstra as intenção de vingar-se do insulto e os outros convidados a preocupação com Violetta.

Violetta está na cama. Um prelúdio indica que ela está morrendo de tuberculose. Dr. Grenvil é chamado e admite à sua fiel criada, Annina, que a mulher tem apenas algumas horas de vida.

Mesmo debilitada, ela lê uma carta que recebeu do pai de Alfredo, dizendo-lhe que o filho está arrependido e iria visitá-la para pedir seu perdão. Ao ver Alfredo, Violetta se sente melhor e, por um instante, esquece que está doente. O casal planeja uma nova vida.

No ato final, Violetta levanta, sente que sua dor cessou, mas cai, morta. Um desfecho trágico, próprio dos dramáticos títulos operísticos.

Doente, Violetta espera por Alfredo que vai até ela pedir perdão. (Foto: Elverson Cardozo)
Doente, Violetta espera por Alfredo que vai até ela pedir perdão. (Foto: Elverson Cardozo)
No ato final, levanta, sente que sua dor cessou, mas cai, morta. (Foto: Elverson Cardozo)
No ato final, levanta, sente que sua dor cessou, mas cai, morta. (Foto: Elverson Cardozo)
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