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Sabor

Do happy a qualquer hora do dia, Lado B faz o cardápio das porções de boteco

Paula Maciulevicius | 20/09/2013 07:08
A mesa de bar é que promove o melhor do happy a qualquer hora do dia. E petisco que se preze, tem que ser comida de boteco. (Fotos: João Garrigó)
A mesa de bar é que promove o melhor do happy a qualquer hora do dia. E petisco que se preze, tem que ser comida de boteco. (Fotos: João Garrigó)

Além da cerveja gelada, bar que se preze tem que trazer à mesa do freguês comida digna de boteco. De dar água na boca, de fazer o casamento perfeito com a bebida trincando e de querer prolongar o happy hour.

Na calçada ou lá dentro, boteco é lugar de encontrar amigos, jogar conversa fora, mas também é para se comer e comer bem. Mais informal que os restaurantes, é na mesa de bar que você senta e relaxa. É na cadeira do ‘escritório’ que se encerra o expediente, na mesa que o descanso vem, quando o único trabalho não passa de alcançar o prato das porções e o copo da gelada.

Entre os bolinhos, filés e petiscos de carne seca e mandioca. O Lado B sai em defesa dos bares onde o dono é presente. É que tem uma diferença grande entre ser cliente e freguês, o último é aquele conhecido pelo nome e que quando chega, responde se o pedido é o de sempre.

Se a receita é de família então, não tem comida de boteco mais gostosa do que aquela passada de geração em geração. Com décadas e décadas servindo a culinária portuguesa, o Vitorinos tem no ranking o bolinho de bacalhau e a porção de sardinha quase que empatados, entre qual petisco tem a maior saída.

A administradora Carolyne de Souza Fonseca, de 33 anos, terceira geração do restaurante explica que o bolinho, receita da casa, é vendido por unidade. O difícil é ficar só com um.

No Vitorino's, bolinho de bacalhau é a pedida da casa. Unidade sai a R$ 3.
No Vitorino's, bolinho de bacalhau é a pedida da casa. Unidade sai a R$ 3.

O bolinho individual sai por R$ 3, já a sardinha é vendida por R$ 9 e acompanha molho com azeite, salsinha, cebolinha e alho. O terceiro petisco mais pedido é o “Burrico”, uma casquinha crocante com recheio de creme de bacalhau, adaptação portuguesa da matula pantaneira. “Já é um prato de adaptação da terceira geração. O bar era do meu avô, é do meu pai e hoje também é da gente”, explica Carolyne. A casquinha é oferecida por unidade a R$ 4.

Outro local onde o freguês se achega é na calçada da Dom Aquino. O bar do Paulão tem há anos como carro-chefe, a pizza no palito e de tudo quanto é sabor. A ideia do palito veio pela praticidade. Os tamanhos são pequeno, para duas pessoas, médio para três e a pizza grande serve quatro clientes. Os preços vão de acordo com o formato e sabor, mas variam entre R$ 17 e R$ 35.

Pra sentar e comer bem, o boteco precisa ter um certo movimento, há crendice que diz que lugar vazio é sinônimo de comida encalhada. Na dúvida do que comer no bar, vá pelo trivial e peça o que mais sai da cozinha. Se os bolinhos são o top do ranking, razão tem.

E se depois de tudo isso já te deu água na boca? Hoje é sexta, dia de ir para o boteco. Se é que existe data certa para isso. Num giro pela cidade, o Lado B fez um roteiro de opções para se pedir porção a semana inteira. São sete locais, mas se você tiver mais dicas do que vale o título de comida de boteco, acrescente aí aos comentários.

Democrático – O que manda nas saídas do bar é o bolinho de carne cremoso, feito de Patinho moído duas vezes, com um creme misterioso, daqueles que se morder, derrama. Cada porção vem com 15 unidades e sai por R$ 20. O bar fica na rua 15 de Novembro esquina com a Rio Grande do Sul. O horário de atendimento é de terça a sexta a partir das 17h e aos sábados do meio-dia até o último cliente.

Porção de bolinho de mandioca com carne seca. O gosto tradicional de porção de boteco.
Porção de bolinho de mandioca com carne seca. O gosto tradicional de porção de boteco.

Mercearia – Na esquina das ruas Padre João Crippa e 15 de Novembro, o carro chefe é o bolinho Mercearia. Há dois anos no cardápio, a receita da casa é feita com massa de malte recheado com queijo gorgonzola. A porção, com 15 unidades é vendida por R$ 14,40 e acompanha molho de pimenta biquinho, para quem aprecia o tempero agridoce. O bar abre de segunda a sexta a partir das 17h e aos sábados e domingos, às 11h30.

Barrica – O petisco que mais sai da cozinha do bar é o bolinho de mandioca e carne seca cremosa. Do cardápio para a mesa, a porção não foge do gosto popular de quem sai pra comer em boteco. São 13 unidades com carne seca cremosa vendidas por R$ 15. O Barrica põem as cadeiras na calçada de segunda a sexta a partir das 17h e aos sábados às 11h, na esquina da rua Dom Aquino com a José Antônio.

Park’s - Com 28 anos em funcionamento, o Park’s tem a matula pantaneira como a legítima comida de boteco. As trouxinhas de massa recheada de purê de mandioca com requeijão, carne seca e cheiro verde vem em 12 unidades, por R$ 29,50. A casa abre de segunda a sexta às 16h e aos sábados e domingos a partir das 10h, na rua Itacuru, 140, bairro Itanhangá Park.

Tábua – Na esquina da Antônio Maria Coelho e da rua Brasil, a porção entre as mais pedidas é a de pastel mista nos sabores camarão, queijo, carne e carne com requeijão. Vem à mesa 12 unidades grandes como manda o gosto do cliente. Quem quiser pede um único sabor, varia, ou escolhe todos mesmo. O petisco sai por R$ 24 e a casa funciona de terça a sábado das 17h até o último cliente.

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