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Consumo

Sucesso no País, software criado em MS poupa gasto em órgãos públicos

Governo capixaba economiza até R$ 168 milhões por ano com sistema genuinamente sul-mato-grossense

Nícholas Vasconcelos | 08/04/2013 07:50
Empresa cria programas de computador de gerenciamento a partir da Capital. (Foto: Nicholas Vasconcelos)
Empresa cria programas de computador de gerenciamento a partir da Capital. (Foto: Nicholas Vasconcelos)

Com tecnologia local, uma empresa de Campo Grande desenvolve softwares de gestão que ajudam governos a economizar até R$ 168 milhões por ano. Os programas de computador servem para gerenciar compras de suprimentos, leilões e na área administrativa são desenvolvidos na Capital e atendem órgãos públicos de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Espírito Santo, Amapá e Paraíba.

A empresa AZ Informática começou a desenvolver programas de computador há 25 anos e viu no setor de gerenciamento de órgãos públicos uma oportunidade para crescer com o Siga (Sistema Integrado de Gestão Administrativa). O sistema unifica as compras, contratos, convênios e gestão de logística e com isso consegue economizar até 32% nos processos de compras. Ele forma um banco de dados com o histórico dos preços praticados anteriormente, o que gera maior competitividade.

O maior cliente é o Governo do Estado do Espírito Santo, que realiza 25 pregões diários e consegue, através da procura pelo menor preço, consegue economizar R$ 168 milhões por ano.

Paulo Cesar Sorato, diretor da AZ explica que o software é capaz de garantir que o poder público faça a melhor compra pelo menor preço, além de garantir a clareza de todo processo. “Ele oferece uma transparência maior, já que além dos participantes qualquer cidadão consegue ver o processo de compra”, disse.

Ele lembra que até o momento da abertura das propostas, todas as propostas são desconhecidas para garantir a concorrência, como em um pregão presencial, mas que após a abertura todas podem ser consultadas.

Paulo Sorato lembra que com a internet o mercado das empresas de software não tem limites (Foto: Nicholas Vasconcelos)
Paulo Sorato lembra que com a internet o mercado das empresas de software não tem limites (Foto: Nicholas Vasconcelos)

A empresa emprega 113 pessoas, entre desenvolvedores, suporte técnico e comercial. A maioria desses empregos é gerada em Campo Grande, onde o sistema é “pensando” e repassado para os demais clientes.

Entre os clientes sul-mato-grossenses, estão o Governo do Estado, TJ (Tribunal de Justiça), TCE (Tribunal de Contas do Estado), HU (Hospital Universitário), além da Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores Públicos de Mato Grosso do Sul) e Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul). Nesses órgãos, o número de usuários que acessam o sistema vai de 600 até mil ao mesmo tempo.

Sorato destaca que a produção aqui no Estado não interfere em nada na qualidade alcançada pelo produto e como ele pode auxiliar na gestão do dinheiro do cidadão. “Com a internet, você pode desenvolver o sistema de qualquer lugar. Hoje o mercado é o mundo”, comenta. Tanto que hoje a AZ é a única sul-mato-grossense a ter classificação “C” da MPS.BR (Melhorias dos Processos de Desenvolvimento de Software) e que só foi alcançada com outras 12 empresas brasileiras.

Ele veio de São Paulo para MS em 1988 e na época era preciso importar a mão de obra, que hoje é exportada para outros estados.

Baseado em software livre, aquele que não ligada às gigantes da informática mundial, o Siga pode ser “alimentado” com informações dos clientes, como sugestões ou indicações de falhas.

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