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Meio Ambiente

Polícia resgata, mas macaco-prego se agarra aos donos para não ir embora

Viviane Oliveira | 06/11/2014 11:30
Até ser resolvido o destino do animal, Cafu permanece na delegacia. (Foto: divulgação/Polícia Civil)
Até ser resolvido o destino do animal, Cafu permanece na delegacia. (Foto: divulgação/Polícia Civil)

Era para ser um dia normal no quintal de uma casa, mas Cafu foi descoberto e parou na delegacia de Polícia Civil por volta das 17h de ontem (5), depois de uma denúncia anônima. O macaco-prego estava há 3 anos na residência de Aparecido Monteiro, 52 anos, em Amambai, distante 360 quilômetros de Campo Grande.

De acordo com a Polícia Civil, os policiais foram até o local, na rua Cassiano Marcelo, na Vila Marcelo, e encontraram o macaco em uma gaiola. No entanto, o dono afirmou que o animal era criado solto no quintal.

Apesar de estar em um espaço pequeno, os agentes perceberam que Cafu não sofria maus-tratos, aparentemente estava com a saúde boa e é o xodó das pessoas da casa, inclusive das crianças. Por ser proibido criar animais silvestres, o bicho teve que ser levado do local, mas a surpresa foi no momento da apreensão, quando Cafu agarrou-se às pessoas não querendo ir embora.

O delegado Leandro Costa de Lacerda Azevedo, responsável pelo caso, disse que o macaco foi levado para a delegacia até uma decisão sobre o destino dele. Leandro explica que, depois de ouvir Aparecido e as pessoas envolvidas, será feito um TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência) e encaminhado para o juizado de pequenas causas.

“O juiz é quem vai decidir o destino do animal, se será aplicada multa ou até mesmo se o macaco volta para a família”, diz. Aparecido vai responder por crime ambiental, cuja pena varia de 6 meses a 1 ano de reclusão, normalmente transformados em pena de prestação de serviços à comunidade.

Por mais que o bicho seja querido e tratado como membro da família, “humanizar” animais silvestres é uma prática condenada por ambientalistas. De acordo com o major da PMA (Polícia Militar Ambiental), Ednílson Paulino Queiroz, animais em cativeiro perde a função na natureza, além de ser hospedeiros de vários vírus.

O major explica ainda que existem criadouros autorizados pelos órgãos ambientais de algumas espécies de animais silvestres, que podem ser criados em casa. Não há porém, criadouros autorizados de macacos no Estado. Editada às 21h05 para correção de informação.

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