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Política

Arroyo vê sistema "desgastado" e defende ampla reforma política

Zemil Rocha | 03/07/2013 17:49
Arroyo é pelo financiamento público de campanha e só uma reeleição para parlamentar (Foto: Arquivo)
Arroyo é pelo financiamento público de campanha e só uma reeleição para parlamentar (Foto: Arquivo)

O primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, deputado estadual Antônio Carlos Arroyo (PR), considera que o sistema político do País precisa urgentemente de uma ampla reforma. “A política precisa de reforma, o sistema está desgastado”, afirmou o parlamentar, ao avaliar a atual realidade do Brasil após as grandes manifestações de rua, que provocaram proposta da plebiscito sobre a reforma política apresentada pela presidente Dilma Roussef e já têm motivado modificações legislativa no Congresso Nacional.

Para ele, todas as medidas que estão sendo propostas decorrem dos protestos de rua. “Foi importante a parte pacifica e ordeira. Não é contra a, b ou c. As pessoas se cansaram de ter uma saúde que não funciona, educação que é ruim, segurança que é péssima, transporte de massa que não funciona, falta de infraestrutura”, desatacou.

Na avaliação dele, o Brasil acordou e viu que está na hora de mudar, com a classe política também sendo influenciada pelas vozes das ruas e implementando as alterações legislativas necessárias. “Não é só pelos 20 centavos da passagem de ônibus; é mobilização para dizer que temos de mudar”, ponderou. “Estou otimista. Algumas coisas começaram a acontecer. Acho que a maioria entendeu o recado das ruas”, emendou.

Arroyo defende mudanças drásticas no sistema eleitoral e no financiamento da campanha. “Sou a favor do financiamento público da campanha eleitoral. Tem que acabar com financiamento de empresário para político”, declarou o republicano.

Favorável ao sistema de lista de candidatos, o deputado Antônio Carlos Arroyo entende que essa “seria melhor foram para fortalecer os partidos”, que dão sustentação ao regime democrático. “Com a lista, acabaria essa coisa de candidatos fazendo campanhas isoladas e a influência econômica”, argumentou. “Hoje os partidos se coligam e a proporcionalidade pode levar outros candidatos, que não aqueles preferidos pelo eleitor, como ocorreu na votação expressiva do Tiririca, que levou com ele mais quatro ou cinco. O eleitor não votou nos outros”, acrescentou.

Caso a proposta de lista fechada não vingue, o deputado republicano considera que a melhor opção para o País seria adotar o “distritão”, defendido pelo vice-presidente Michel Temer. “Nesse sistema os mais votados realmente entram. Não vai ter disparidade nos parlamentos”, asseverou.

Mandatos limitados – O deputado estadual Antônio Carlos Arroyo também é defensor de limitação de quantidade de mandatos por cargo legislativo. “Para mim o prazo legislativo é de no máximo uma reeleição. E no Executivo acho que tem de acabar a reeleição, podendo até aumentar o tempo de mandato”, disse.

Outra mudança na questão da representatividade, pregada por Arroyo, é o fim da figura do suplente de senador. “Tem de acabar com suplente de senador”, pregou o republicano, no mesmo tom crítico da opinião pública, por ver hoje quase um terço de suplentes nas vagas de titulares eleitos.

A coincidência de eleições também é uma proposta que conta com a simpatia de Arroyo: “Temos de parar de gastar fortunas com eleições. Tem de ter uma só, de vereador a presidente da República”.

Quanto ao procedimento legislativo, o deputado Arroyo é a favor de se acabar com votação secreta nos parlamentos, em homenagem ao direito do cidadão-eleitor saber como vota o seu representante.

Plebiscito – A expectativa de Arroyo é de que o Congresso Nacional não demore a decidir sobre a realização do plebiscito, já que o prazo é curto. Ontem, a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e os 27 presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) definiram que o prazo mínimo para dar condições à realização de consulta popular é de 70 dias.

“Temos de melhorar a representatividade e população é soberana, tem de dizer o que ela quer”, defendeu Arroyo. “Mas a população precisa estar bem informada sobre o que diz cada alteração que querem propor, como funciona o sistema de lista, o voto distrital-misto”, ponderou.

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