ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  26    CAMPO GRANDE 31º

Política

"Bem namorado", André diz que leiloará apoio em 2010

Redação | 08/01/2009 13:32

Em tempo de crise financeira, o governador André Puccinelli (PMDB) comemora os dividendos políticos que lhe tornam "bem namorado" para eleições de 2010.

"Querem o apoio do Andrézinho? Vou leiloar", brinca o governador, que se diz à espera do que vai ser oferecido pelos virtuais candidatos à presidência em 2010: José Serra (PSDB) e Dilma Roussef (PT). "O que será que o Serra vai me dar? Olha que estou apaixonado pela fada madrinha", afirma.

O tom descontraído marcou a entrevista concedida a jornalistas, hoje, em seu gabinete. Principalmente ao falar dos netos. "Você fica babão. Filho é açúcar, aquilo [netos] é caramelizado".

Puccinelli até tenta de descolar da imagem de durão. Contudo, enquanto prega que está amadurecendo, cultivando um "jardim de amizades e afabilidades", provoca: "Me desafiar é o caminho mais fácil para que eu saia candidato".

O governador havia dito não ter interesse na reeleição, destacando que se dedicaria aos netos após em 2010. Contudo, depois que o ex-governador Zeca do PT aventou ser candidato ao governo, Puccinelli reviu a decisão. "Sou um cara gozado. Gosto de mostrar que aceito os desafios. Pode vir um 'entuchado' no outro, que a gente enfrenta", negando qualquer predileção em enfrentar Zeca do PT.

Porém, compara o governo de ambos, ressaltando que mais dois anos à frente da máquina administrativa pode roubar a vantagem que o potencial adversário tem no interior. "Não fiz empréstimo no banco e estou pagando no primeiro dia útil".

Equilibrista - No próximo biênio, a depender da extensão da crise financeira, ele ainda poderá investir o dinheiro da "caixinha" de reserva do Estado, que no mês passado recebeu reforço dos R$ 20 milhões advindos de prorrogação de contrato com o Banco do Brasil. "Estou sendo hábil em arrancar recursos. Um equilibrista de primeira".

Sobre o futuro do PMDB e demais partidos, sejam tradicionais aliados ou de oposição, André Puccinelli minimiza o fato de deter o cargo mais importante do Estado.

Negando intromissão na disputa interna que surge entre os peemedebistas Waldemir Moka (deputado federal) e Valter Pereira (senador). "Não seu quem decide, é o partido. Não vou pôr a mão nele ou nele".

Para o Estado, serão abertas duas vagas de senador, contudo o PMDB perde poder de negociação para compor aliança com outros partidos caso se aposse de ambas.

Ele adota a mesma isenção se o assunto são os candidatos petista. "Não vou me meter na briga do PT". Por fim, aponta o dedo para o coração e entrega: "Posso estar torcendo aqui dentro".

Nos siga no Google Notícias