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Política

Bernal pede “voto de confiança” e servidores desistem de greve

Nyelder Rodrigues e Nícholas Vasconcelos | 15/02/2013 20:30
Líder do Prefeito na Câmara, vereador Marcos Alex (PT) participou da assembleia, ao lado do presidente do Sisem, Marcos Tabosa (Foto: João Garrigó)
Líder do Prefeito na Câmara, vereador Marcos Alex (PT) participou da assembleia, ao lado do presidente do Sisem, Marcos Tabosa (Foto: João Garrigó)

Pelo por enquanto, não haverá greve entre os servidores municipais de Campo Grande. A decisão foi tomada durante assembleia nesta noite, na sede do Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais).

“O Bernal pediu voto de confiança, e disse que será o melhor prefeito possível para o servidor público”, afirmou o presidente do Sisem, Marcos Tabosa, que se reuniu com Alcides Bernal (PP) e o líder do prefeito na Câmara dos Vereadores, Marcos Alex (PT), antes da assembleia.

Todo o problema começou após Bernal suspender o pagamento de gratificação referente ao Profuncionário (Programa de Formação Inicial em Serviço dos Profissionais da Educação Básica dos Sistemas de Ensino Público).

De acordo com o Tabosa, não foram pagas gratificações a 450 servidores, sendo 400 administrativos da Educação e 50 funcionários da Central de Atendimento ao Cidadão. Os abonos vão de R$ 150 a R$ 300.

Uma comissão foi formada para avaliar o benefício, com cinco servidores e o secretário de Administração, Ricardo Ballock, mas o sindicato não havia concordado. Durante o encontro desta sexta, ficou definido que serão incorporados a comissão outros quatro pessoas. Serão três servidores e outro técnico indicado pelo sindicato.

Discussão – Durante a assembleia, o clima entre os servidores chegou a ficar tenso em determinados momentos, e alguns deles questionaram o presidente Marcos Tabosa quanto a mudança de posicionamento e estratégia.

Um servidor chegou a dizer que “já demos o voto de confiança na urna. Eu mesmo dei esse voto de confiança”, enquanto outro, que trabalha na Central de Atendimento ao Cidadão, afirmou que, se tivesse que houver negociação antes da greve, ela deveria ter sido feita antes “Se tivesse que negociar, que negociasse nestes últimos 30 dias”, reclamou.

Revisando benefício até março - O vereador Marcos Alex participou da assembleia no Sisem com os servidores, e contou que Bernal não renovou o benefício do Profuncionário por questão de insegurança jurídica, já que ele não tinha certeza do conteúdo do mesmo, e por isso agora ele está sendo analisado.

Na próxima segunda-feira (18), haverá mais uma reunião para discutir o Profuncionário, informou Tabosa. Ele também disse que Bernal pediu até março para resolver a questão, e que o sindicato decidiu pela não greve pois considera um avanço a iniciativa do prefeito em conversar com o Sisem, tendo ele reconhecido a gravidade da situação.

Marcos Alex revelou durante a assembleia que vai levar a questão até a Câmara Municipal e vai buscar com os outros vereadores converter o decreto em lei, ficando assim a incorporado o Profuncionário ao salário sem que possa ser retirado em situações semelhantes como a de agora.

“Abrimos um canal de negociação para a Prefeitura buscar uma solução para esse problema”, afirmou Alex .

Câmara dos Vereadores – Já quanto a governabilidade de Bernal, mesmo com a minoria na Câmara, Alex acha que ainda é precipitado dizer que ele não vai conseguir governar.

“Está cedo para falar disso. Assim como hoje foi resolvido, confiamos na capacidade de articulação e diálogo, e por isso estamos otimistas”, opinou o vereador, que ainda acrescentou. “Vamos buscar uma relação amistosa, garantindo independência dos poderes, e de forma harmoniosa”.

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