Câmara aprova doação de terreno para construção de santuário católico
Depois de 13 anos de espera, a paróquia Nossa Senhora da Abadia conseguiu hoje a doação de um terreno de 5 mil metros quadrados na Chácara Cachoeira, próximo ao Hospital do Proncor, para a construção do Santuário Arquidiocesano dedicado a padroeira da Arquidiocese de Campo Grande.
Para o padre Paulo Vital, pároco da comunidade da Nossa Senhora da Abadia, na verdade não se trata-se apenas de uma doação, mas uma permuta da Prefeitura, uma vez que em 1915 a diocese da Capital teria recebido a doação da área no centro de Campo Grande para a construção da Capela, mas o município construiu a Praça do Rádio Clube. “Na época foi colocada a pedra fundamental do Santuário e desde 2002 estamos lutando para conseguir outra área e hoje conseguimos. E foi com emoção”, comentou.
A emoção a que se referiu o padre, além do fato de ter conseguido realizar o sonho da comunidade católica de Campo Grande, também foi em razão da sessão ter sido tumultuada e participativa, durante em que foi votada o parecer da Comissão de Constituição e Justiça sobre o quórum para sessão de abertura da Comissão Processante contra o prefeito Gilmar Olarte (PP).
Durante a sessão, cerca 250 professores, em greve há mais de 60 dias, manifestantes do SOS Cultura, gritaram, vaiaram, viraram de costas aos vereadores. Tudo isso por revolta aos vereadores que votaram a favor do quórum qualificado para abertura da Comissão Processante, na sessão da próxima quinta-feira, contrariando a plateia.
Durante a fala na Tribuna da Casa, padre Paulo Vital agradeceu aos vereadores pela votação e terem realizado o sonho da comunidade católica da Capital. A partir de agora, segundo o padre, a luta é para conseguir apoio para a construção do Santuário. “Peço a colaboração de todos para podermos construir nossa capela”, declarou.
Conforme o pré-projeto apresentado pelo pároco, no local deve ser construído um Centro Religioso, Social, Cultura e Administrativo da Igreja Católica de Campo Grande, com Templo para mil pessoas, capelas temáticas, museu sacro, ossário, centro pastoral e evangelização.
O projeto que beneficiou a comunidade católica foi aprovado ao final da sessão, e depois de vários coros de “vergonha”, “fora o café”, “não tem nada não, no ano que vem tem eleição” que eram entoados pelos professores, os vereadores que permaneceram no Plenário puderam escutar o coro “glória, glória, aleluia”, dos católicos.