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Política

Câmara julga mais dois vereadores afastados na próxima semana

Viviane Oliveira | 06/05/2015 10:07
A Câmara Municipal ficou lotada na 1ª sessão, que cassou dois vereadores. (Foto: Rio Pardo News)
A Câmara Municipal ficou lotada na 1ª sessão, que cassou dois vereadores. (Foto: Rio Pardo News)

A Câmara Municipal de Ribas do Rio Pardo, distante 103 quilômetros de Campo Grande, julga mais dois vereadores afastados na próxima semana. Ontem, em sessão extraordinária que durou 4 horas, foram cassados os vereadores Cláudio Roberto Siqueira Lins (PT do B) e Fabiano Duarte da Silva (SSD).

De acordo com o presidente da Casa, Sebastião Roberto Collis (PMDB), o jurídico ainda vai decidir se será na segunda ou na terça-feira o processo que irá absolver ou cassar os mandatos de mais dois parlamentares, Diony Erick (PROS) e Ângelo da Silva (PSC). “A população está satisfeita com os resultados positivos da Comissão Processante”, diz.

No total, oito vereadores foram afastados em novembro do ano passado pelo juiz da comarca do município. Eles são acusados de fraudarem licitações e forjarem documentos para o recebimento de diárias no escândalo que ficou nacionalmente conhecido como a farra das diárias. O restante dos acusados serão julgados ainda este mês.

“Nós queremos terminar os trabalhos o mais rápido possível. Não julgamos todos no mesmo dia, porque a sessão fica muito cansativa e demorada”, explica Sebastião. A Comissão foi aberta no dia 13 de janeiro para investigar o esquema corrupto na Câmara.

São acusados de participação na "farra das diárias" o ex-presidente da Casa Adalberto Alexandre Domingues, o Betinho (PRTB), que renunciou o mandato em fevereiro deste ano, a vereadora Lucineide Friosi (PSC), Antonino Ângelo da Silva, Célia Regina Ribeiro, Cláudio Roberto Siqueira Lins, Diony Erick Lima, Fabiano Duarte de Souza e Justino Machado Nogueira.

Operação - No dia 4 de novembro, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e a Promotoria de Justiça deflagraram a Operação Viajantes, em Ribas do Rio Pardo.

De acordo com a investigação do Ministério Público Estadual, os vereadores faziam saques de dinheiro em um supermercado do município, pagavam pensão alimentícia com dinheiro público, forjavam relatórios de viagens e ensinavam os colegas a seguir com os esquemas fraudulentos.O grupo também é acusado de contratar empresas sem licitação ou por procedimentos licitatórios que não passavam de farsa, para beneficiar empresas de familiares e de amigos dos agentes públicos.

Conforme o Gaeco, de janeiro a setembro do ano passado o Legislativo teria consumido cerca de R$ 523,4 mil de recursos públicos com o pagamento de diárias, que chegariam ao valor de R$ 750 para cada dia de deslocamento dentro do Estado e R$ 1,5 mil para cada viagem fora de Mato Grosso do Sul. Foram constatados gastos excessivos feitos pela Câmara com empresas terceirizadas de publicidade, informática, assessorias contábeis e jurídicas, cujos valores ultrapassam mais de R$ 3,5 milhões.

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