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Política

Cofre vazio e dívida surpreendem prefeitos estreantes

Redação | 07/01/2009 12:00

Coxim, Bela Vista e Batayporã dividem a mesma situação neste início do ano: os prefeitos não têm dinheiro para pagar a folha de dezembro.

Dinalva Mourão (PMDB), prefeita de Coxim, descreve um cenário de adversidades.

"Não tenho dinheiro em caixa. Não sei como vou pagar a folha de dezembro", relata. De acordo com ela, a prefeitura acumula dívidas de R$ 5 milhões, portanto a ordem é economizar. "Já fiz cortes. Cortei diárias, hora-extra. Toda a 'gordura' a mais da folha", explica.

A prefeitura possui 914 funcionários, que totalizam uma folha de pagamento no valor de R$ 2,4 milhões.

Segundo a prefeita, o município vai procurar as agências bancárias para negociar um empréstimo.

Dinalva Mourão reforça que pretende ativar o hospital regional da cidade neste primeiro semestre. "A obra começou ainda no governo Zeca. Dia 13, vamos receber os equipamentos". Contudo, a prefeita aponta que a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) ainda não vai funcionar.

Em Batayporã, 60% da folha de dezembro foram quitados, mas não há previsão de quando os 40% restantes chegarão aos bolsos dos servidores. "Começo [o mandato] com precaução. A crise econômica preocupa e não tem como fazer investimento forte agora", enfatiza o prefeito Edson Peres Ibrahim (PMDB).

O prefeito conta que aguarda os repasses do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e FPM (Fundo de Participação dos Municípios) para pôr as finanças em dia. A folha de pagamento da prefeitura soma R$ 500 mil. Com economia baseada na agropecuária, o município aguarda os empregos prometidos pela indústria sucroalcooleira. Conforme Edson Ibrahim, duas usinas vão se instalar na cidade e criar 1.700 vagas de emprego.

Prefeito de Bela Vista, Chico Maia (PT), aguarda a conclusão de um levantamento sobre a situação financeira do município. "Ainda é muito cedo para falar" afirma o prefeito, que ainda não pagou a folha de dezembro. Entretanto, algumas medidas de economia já foram tomadas: redução de nove para seis secretarias e corte de hora-extra.

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