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Política

Deputados divergem sobre concessão de rodovias estaduais em MS

Leonardo Rocha | 05/02/2014 12:21
Mochi explicou que o governo fará um estudo detalhado antes de decidir sobre concessão de rodovias (Foto: Divulgação)
Mochi explicou que o governo fará um estudo detalhado antes de decidir sobre concessão de rodovias (Foto: Divulgação)
Onevan quer realização de audiências nas cidades para debater projeto para não prejudicar a produção (Foto: Divulgação)
Onevan quer realização de audiências nas cidades para debater projeto para não prejudicar a produção (Foto: Divulgação)

Os deputados estaduais estão “divididos” em relação ao projeto do governo estadual que pede autorização para concessão de até 11 rodovias estaduais para iniciativa privada, que ficaria responsável por infraestrutura, manutenção e operação em um prazo de 30 anos.

“O projeto segue o modelo da duplicação da BR-163 e deve atingir alguns trechos de rodovias estaduais, principalmente aqueles de acesso aos portos e fronteira, garantindo segurança e controle”, afirmou o deputado Junior Mochi (PMDB), líder do governo na Assembleia.

Mochi explicou que com esta autorização, o governo poderá fazer o estudo necessário para saber se é viável a concessão destas rodovias. “Isto não significa que na prática as 11 rodovias mencionadas no projeto serão concedidas, haverá um estudo detalhado antes”, apontou.

O objetivo do executivo é permitir a cobrança de pedágio para garantir a preservação das estradas, seguindo o modelo da BR-163, que será repassada a iniciativa privada no dia 20 deste mês pelo Governo federal.

A medida irá possibilitar que a empresa vencedora possa investir e capacitar toda estrutura desta “rota alternativa” aos usuários que não desejam trafegar na BR-163, em Mato Grosso do Sul.

O deputado Felipe Orro (PDT) ressaltou ser favorável a iniciativa, pois irá melhorar a malha viária e favorecer o escoamento e a produção no Estado, e ainda estabelecendo critérios para uma cobrança “justa” de pedágio. “Vejo como algo positivo, que só irá beneficiar a população”.

Divergências – Já o deputado Pedro Kemp (PT) quer saber qual a necessidade “real” para se fazer esta concessão, já que existe recurso disponível do Fundersul (Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário de Mato Grosso do Sul) para o investimento no setor.

“Vou requisitar a prestação de contas da Fundersul, sua arrecadação, para saber se realmente precisamos ceder estas rodovias a iniciativa privada”.

O deputado Onevan de Matos (PSDB) propõe que o projeto seja debatido nas cidades em audiências públicas, já que pode trazer um custo “pesado” na produção do Estado.

“Temos que saber se vai ser negativa para nossa economia, a implantação de novos pedágios pode trazer prejuízos, esta matéria precisa ser analisada com muito cuidado”.

Defesa – Mochi ponderou aos colegas que o valor do pedágio, assim como a concessão das rodovias se for feita será com planejamento, sem que traga prejuízos para a economia local.

Ele também argumentou que o recurso da Fundersul é usado para “manutenção” e pavimentação de rodovias e não para duplicação destes trechos, como sugere a proposta do executivo.

Entre as rodovias apontadas na proposta, estão a MS-040, MS-112, MS-180, MS-135, MS-223, MS-289, MS-295, MS-306, MS-316, MS-338 e a MS-395.

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