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Política

Discurso de “paz” cai e relação de Bernal com Câmara azeda ainda mais

Josemil Rocha e Luciana Brazil | 21/02/2013 19:30
Prefeito Alcides Bernal ao lado do presidente da Câmara de Vereadores, Mário César (Foto: Luciano Muta)
Prefeito Alcides Bernal ao lado do presidente da Câmara de Vereadores, Mário César (Foto: Luciano Muta)

Depois que o prefeito Alcides Bernal postou em sua página no Facebook novos ataques aos vereadores, o discurso de “pacificação” caiu no vazio e sua relação com a Câmara de Campo Grande azedou ainda mais. Esta manhã, até mesmo integrantes da base governista, como o ex-governador Zeca do PT, declararam publicamente sua insatisfação e vereadores que chegaram a ser sondados para aderir à base de apoio se afastaram ainda mais.

Ontem, o vereador Carlão (PSB) chegou a admitir votar a favor da reforma administrativa de Bernal, mas hoje, após saber dos novos ataques do prefeito aos membros da Câmara, mudou o tom do discurso. “Depois do que o prefeito disse, do jeito que a coisa está, não passa nem uma agulha”, afirmou ele, ao ser indagado sobre a possibilidade de aprovação do projeto reformista do chefe do Executivo.

Para Carlão, se a Câmara aceitasse entendimento com Bernal, diante da incontinência verbal do prefeito, estaria agindo contra a natureza das coisas. “Seria igual um cara que vive com mulher e chega todo dia e bate nela. Ela não vai ficar com ele”, comparou.

Airton Saraiva (DEM) considerou uma “aberração” a declaração do chefe do Executivo municipal via rede social. “Não coaduna com um chefe de poder ficar fazendo declarações ofensivas pelo Facebook”, criticou.

Chiquinho Telles disse que Bernal começou tudo errado e continua agindo equivocadamente na relação com os vereadores. “Para ter governabilidade, tinha que ter chamado o presidente da Cãmara desde o início para conversar”, opinou. Acredita até mesmo que a postura dos vereadores da bancada governista, de saírem do plenário da Câmara, “foi ordem do Bernal”, que estaria cada vez mais evidenciando descontrole emocional. “Ele é raivoso, rancoroso e ainda está no palanque”, disse.

Segundo Telles (PSD), Bernal não o atende mais como fazia antes. “Antes da eleição da Mesa Câmara, ele vivia me ligando, quase todo dia. Agora estou tentando me reunir com o Bernal há 60 dias para conversar sobre Segurança e não consigo”, reclamou.

Grazielli Machado (PR) entende que Bernal deve buscar o entendimento com os vereadores, visto que existem projetos importantes a serem votados na Câmara, como a reforma administrativa. “Nós vamos atuar como oposição, mas com críticas construtivas e inteligentes”, detalhou.

Herculano Borges (PSC) considera que o diálogo de Bernal com os vereadores pode melhor, já que o objetivo de todos é o desenvolvimento de Campo Grande.

Luiza Ribeiro (PPS), que integra a bancada de apoio a Bernal, disse que o opinião do prefeito não impede que eles votem a reforma administrativa. “Os vereadores vão votar o que é melhor para a cidade. Quanto à opinião pessoal dele, deixa ele falar, já que está usando o Face para falar”, afirmou ela.

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