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Política

PTB faz "faxina" contra infiéis e perde prefeitos e vereadores

Fernanda França | 07/12/2010 16:47

Dos 29 parlamentares, pelo menos 25 serão forçados a deixar o partido

Ivan Louzada vai promover faxina no partido (Foto: divulgação).
Ivan Louzada vai promover faxina no partido (Foto: divulgação).

O PTB de Mato Grosso do Sul promoverá no início de 2011 uma verdadeira “faxina” para excluir de seus quadros prefeitos, vices e vereadores que trabalharam contra o partido nas eleições deste ano.

Na prática, a sigla perderá sua representação quase que na totalidade no Estado, sobretudo nas Câmaras, após a votação pífia registrada nas urnas no dia 3 de outubro.

Hoje o PTB conta com três prefeitos, três vices e 29 vereadores. Segundo o presidente regional da legenda, Ivan Louzada, a maioria trabalhou para outros candidatos na campanha deste ano, e não merece permanecer no partido.

“É melhor ficar com dois vereadores que trabalham para o PTB do que 29 que se colocam contra”, disparou.

A determinação da cúpula nacional petebista é excluir dos quadros quem não puxou votos para a legenda nestas eleições. Entretanto, na tentativa de evitar atitudes traumáticas, a direção regional fará outro tipo de manobra para expurgar os infiéis.

Os diretórios e comissões provisórias serão exterminados nos municípios onde prefeitos, vereadores e dirigentes municipais deixaram de pedir votos para candidatos petebistas no pleito de 2010.

Com isso, o PTB perderá sua representação em pelo menos 13 cidades: Batayporã, Aral Moreira, Maracaju, Rio Negro, Sonora, Rio Verde, Mundo Novo, Sete Quedas, Iguatemi, Eldorado, Anastácio, Bodoquena e Selvíria.

A partir dessa decisão, vereadores, prefeitos e vices que buscam a reeleição terão de procurar abrigo em outras legendas.

“Isso é problemas deles com a Justiça Eleitoral, a porta está aberta e acredito que é esse o caminho deles”, afirmou Ivan Louzada.

Ele estima que, dos 29 vereadores filiados hoje ao PTB, só quatro devem permanecer na sigla após a faxina contra os infiéis: um em Brasilândia, um em Amambai e dois em Terenos.

O vice-prefeito de Ladário, Hedyl Benzi, também deve permanecer filiado.

Já os prefeitos de Maracaju, Celso Vargas, de Selvíria, José Dodô da Rocha, de Aral Moreira, Edson de David, e o vice de Bodoquena , Geraldo Nunes Siqueira, terão de buscar outro caminho político.

“Quem quiser ser candidato pelo PTB, de agora pra frente, vai ter que assumir um compromisso, assinar um documento, atestando a fidelidade partidária”, finalizou Louzada.

Histórico de baixas

O PTB de Mato Grosso do Sul começou a sofrer baixas em seus quadros após a manobra que retirou do comando da legenda o deputado federal Nelson Trad, hoje filiado ao PMDB.

Na época, o partido tinha cinco deputados estaduais em sua bancada: Maurício Picarelli, Akira Otsubo, Raul Freixes, Valdenir Machado e o atual presidente da Casa, Jerson Domingos.

A debandada se iniciou a partir da posse do deputado federal Antônio Cruz como dirigente estadual e prosseguiu quando o empresário Antônio João Hugo Rodrigues assumiu.

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