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Política

Estudante pede reabertura de processo contra Dirceu Longhi em Dourados

Jorge Almoas | 04/04/2011 18:11

Acusação de formação de quadrilha se somam às denúncias de corrupção, improbidade e quebra de decoro

Um estudante de Direito de Dourados entrou nesta segunda-feira com pedido junto à Câmara de Vereadores para reabertura da comissão processante contra o vereador Dirceu Longhi (PT), indiciado por formação de quadrilha, cárcere privado, corrupção passiva, improbidade administrativa e cárcere privado.

Daniel Ribas da Cunha apresentou o pedido baseado nos episódios mais recentes envolvendo o vereador. Na última sexta-feira, Longhi foi indiciado pela Polícia Federal por formação de quadrilha e cárcere privado

Dirceu e a mulher, Arlete Pereira, são acusados de incentivar e financiar a invasão do prédio da Funai (Fundação Nacional do Índio), em dezembro de 2009. a estratégia era para tirar a então administradora da Funai, Margarida Nicoletti, de modo que Arlete assumisse o cargo.

Durante a Operação Uragano, em setembro do ano passado, Dirceu foi acusado de corrupção passiva, por ter recebido dinheiro desviado da prefeitura de Dourados. No final de 2010, o vereador teve um imóvel, veículos e R$ 15 mil bloqueados pela justiça. A suspeita é de que o dinheiro teria sido recebido ilicitamente, sob a forma de propina.

Na sessão que julgou o pedido de cassação do vereador Paulo Henrique Bambu, Longhi foi afastado judicialmente, sob argumento de que ele participava do mesmo esquema de fraude.

“O simples afastamento, mesmo que de uma sessão, estendida a três pela presidência da Câmara, já seria o suficiente para a perda de mandato por quebra do decoro parlamentar e envolvimento com a corrupção”, justifica Daniel em seu pedido.

O estudante de Direito complementa. “Deve-se considerar que o indiciamento em diversos inquéritos policiais, o afastamento das sessões de julgamento, o bloqueio de bens e o fato do vereador ser réu em processos penais e cíveis, não ocorreria se fosse considerado pessoa idônea e não estivesse de alguma forma envolvido com a corrupção que se instalou nos Poderes Legislativo e Executivo de Dourados”.

O pedido de abertura de comissão processante foi feito em 17 de dezembro. No entanto, foi rejeitado por unanimidade pelos vereadores. Em fevereiro deste ano, novos fatos se somaram às denúncias apresentadas pela Uragano e reforçam, segundo Daniel, a necessidade da comissão processante.

Daniel vale-se dos princípios da Moralidade, Isonomia e Impessoalidade para defender seu pedido, e reforça que a solicitação deve ser lida na próxima sessão da Câmara.

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