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Política

Estudo revela que eleitor da Capital quer um prefeito com jeito de síndico

Wendell Reis | 10/03/2012 10:31

Pré-candidatos vão ter que adotar discurso mais conservador para vencer as eleições

Pesquisa revela que o eleitor quer qualidade de vida(Foto: João Garrigó)
Pesquisa revela que o eleitor quer qualidade de vida(Foto: João Garrigó)

Um estudo realizado pelo cientista político Alberto Carlos Almeida, autor dos livros “A Cabeça do Eleitor” e “Por que Lula?”, revelou que o eleitor campo-grandense é conservador e quer um novo prefeito que se aproxime mais do trabalho realizado por um síndico de condomínio do que de um político.

“Você tem uma demanda de gestão grande. As cidades mais conservadoras preferem administradores que têm a cara de um síndico de condomínio do que propriamente de um político”.

Os estudos foram realizados a pedido do PT para analisar, a princípio, a visão que o eleitor de Campo Grande tem dos diferentes governos. Neste sentido, Alberto Carlos conta que a pesquisa detectou um eleitor mais conservador:

“Comparando Campo Grande com cidades como o Rio de janeiro e cidades do nordeste, Campo Grande é uma cidade bem mais conservadora. A pesquisa detecta. Isso é até importante, porque significa que os partidos, que pode ser PMDB e PT, em lugares diferentes do Brasil, acabam tendo que ter discursos diferentes. Porque tem que se adaptar a sua região”. O cientista avalia que o PT de Campo Grande vai ter que adotar um discurso mais conservador para tentar vencer a eleição.

Cientista que escreveu o livro “A Cabeça do Eleitor” fez um estudo sobre o que deseja o campo-grandense (Foto: Wendell Reis)
Cientista que escreveu o livro “A Cabeça do Eleitor” fez um estudo sobre o que deseja o campo-grandense (Foto: Wendell Reis)

Entre os dados que revelaram o conservadorismo estão a busca do eleitor de Campo Grande por qualidade de vida: “Quando você tem um eleitorado com uma situação de mais carência, que acaba gerando um eleitor menos conservador, você tem uma demanda muito concentrada em uma coisa só, como por exemplo a saúde, o atendimento caótico. Campo grande não é tão assim”.

Alberto explica que este resultado não quer dizer que a saúde não seja o mais importante, mas é uma coisa mais ponderada, diferente de outras regiões.

“São vários indicadores. A gente tem este dado por meio do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mas procura conferir. A cidade praticamente não tem favela: 1% ou 2%. Algo irrisório, inteiramente diferente do restante do País ... Eu nem penso em vantagem e desvantagem, é simplesmente diferente. É uma região do País que você tem um equilíbrio social maior. Em regiões menos conservadoras você tem mais desigualdades. Aqui não”.

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