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Política

Gaeco apura sumiço de imagem de pagamento de propina em Água Clara

Paulo Yafusso | 17/07/2015 19:30
Na casa do prefeito foi apreendido notebook e dinheiro (Foto Gaeco)
Na casa do prefeito foi apreendido notebook e dinheiro (Foto Gaeco)

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) apura o sumiço de imagens captadas por uma das câmeras de segurança implantada pela Prefeitura de Água Clara, cidade a cerca de 200 quilômetros de Campo Grande. São imagens que mostrariam o prefeito Silas José da Silva (PSDB) pagando propina ao vereador Marcelo Batista de Araújo (PSC), conhecido como Marcelo Carvoeiro, na tarde de 24 de junho deste ano, por volta das 16h30, em frente a igreja matriz, no centro da cidade.

Segundo o coordenador do Gaeco, promotor de justiça Marcos Alex Vera de Oliveira, no CPU apreendido no pelotão da PM, não existem imagens entre 16h e 18h40. Por isso, será feita perícia para tentar recuperar a imagem e verificar se o sumiço foi proposital. Na cidade existem 3 câmaras de monitoramento, compartilhadas pela Prefeitura e Polícia Militar.

Durante ação realizada hoje pela manhã foram apreendidos também um CPU na Prefeitura e na casa do prefeito Silas José da Silva um notebooke e dinheiro, cujo montante não foi revelado pelo Gaeco. Além dos mandados de busca e apreensão, o desembargador Ruy Celso Florence determinou o afastamento do prefeito, que não poderá frequentar o prédio do Executivo e nem manter contato com as testemunhas do caso, sob pena de prisão, durante a investigação. Com o afastamento, durante a investigação a cidade de quase 14 mil habitantes será administrada pela vice-prefeita, Valéria Travain.

Pagamento de propina – De acordo com o promotor Marcos Alex, o caso foi denunciado pelo vereador Marcelo Carvoeiro. Além de detalhar o caso, o vereador entregou filmagens feitas pelo celular, mostrando o prefeito fazendo o pagamento. Ele disse que Silas José da Silva procurou ele (Marcelo) e o vereador Valdenir Ferreira Lino, oferecendo R$ 6 mil por mês para que eles votassem pela aprovação da lei orçamentária do próximo ano.

Marcelo Carvoeiro não concordou e filmou o pagamento de propina e devolveu os R$ 18 mil que havia recebido. Além da filmagem, o vereador entregou ao Gaeco áudio de conversas sobre o caso. A Câmara de Água Clara conta com 9 vereadores e o prefeito tinha o apoio de cinco. E para aprovar o orçamento, ele precisava de mais 2 votos. Segundo o Gaeco, Silas José da Silva não quis prestar depoimento, alegando que vai se manifestar somente na justiça.

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