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Política

Governador critica importação de médicos e vê "erro" em programa

Jéssica Benitez | 15/07/2013 10:07
Médico há mais de três décadas, André critica programa do governo federal (Foto: Cleber Gellio)
Médico há mais de três décadas, André critica programa do governo federal (Foto: Cleber Gellio)

Criticado por grande parte dos médicos brasileiros, o programa lançado pelo Governo Federal “Mais Médicos”, também não agradou ao governador do Estado, André Puccinelli (PMDB). Ele considera a medida uma "decisão errônea" por parte do Ministério da Saúde. Ele criticou a medida por considerar que o principal problema não é a falta de médicos, mas a falta de condições de trabalho para os profissionais.

O peemedebista concorda que o número de profissionais deve aumentar para dar celeridade no atendimento à população, porém, em sua opinião, não é necessário importar doutores.

O programa, lançado pela presidente Dilma Rousseff (PT) na semana passada, visa trazer 3 mil médicos cubanos para atuar na rede pública de saúde brasileira. Cada profissional terá salário de R$ 10 mil, pagos pelo Governo Federal, e todos não vão precisar fazer a prova de revalidação, fato que gerou muita polêmica.

“Trazer mais médicos é importante, mas por que não trazer brasileiros? Dando condições a eles? Mato Grosso do Sul tem número superior ao que recomenda a Organização Mundial da Saúde, portanto, tem médicos, precisa é atraí-los com melhor condição de trabalho e mais recursos do governo federal”, disse em entrevista ao programa Tribuna Livre.

Para explicitar seu ponto de vista, o governador citou exemplo de Novo Horizonte do Sul, onde um médico ganha R$ 32 mil, tem condições de diagnosticar o paciente e tratá-lo. O  município, segundo Puccinelli, precisa ter condições de trabalho para o médico, não apenas pagar bons salários.

Além disso, André considera que profissionais mais próximos como bolivianos e paraguaios, que inclusive já atuam no Brasil sem prova de revalidação, deveriam ser abrigados pelo programa.

“Na verdade é uma série de fatores. A iniciativa foi bem pensada para resolver o problema, só que está errado. O ministro da Saúde (Alexandre Padilha) aconselhou de forma errônea a presidente da República”, disse. Outro ponto negativo do plano apontado por ele é a obrigatoriedade de mais dois anos de atuação na rede pública de saúde para só então formar o médico.

O governador acredita que esta é uma medida para maquiar um problema que seria resolvido com facilidade caso houvesse mais qualidade nos cursos de medicina. “Se fizer curso bem feito com bom estudo e condições de laboratório de análise, anatomia, farmacologia, se der bom condições em 6 anos forma um bom médico” finalizou.

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