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Política

Até dom Dimas é barrado em reunião de CPI com presidente do Cimi

Michel Faustino | 13/04/2016 15:03
Índios acompanham audiência por um telão instalado no saguão da Assembleia. (Foto: Marcos Ermínio)
Índios acompanham audiência por um telão instalado no saguão da Assembleia. (Foto: Marcos Ermínio)

Com esquema de segurança reforçado, até o arcebispo da Arquidiocese de Campo Grande, dom Dimas Lara Barbosa, teve acesso barrado no plenário onde acontece a audiência da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Cimi (Conselho Missionário Indigenista) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. Indígenas do interior do Estado que foram até o local acompanhar o depoimento do presidente nacional da entidade, arcebispo dom Roque Paloschi, tiveram de se contentar em ver a reunião por um telão no saguão da casa de leis.

Do lado de fora, a segurança também foi reforçada e se via um grande número de viaturas da Polícia Militar. O objetivo é tentar evitar qualquer tipo de confusão, pois havia previsão de que a reunião fosse acompanhada por indígenas de várias regiões de Mato Grosso do Sul e de outros estados.

Efetivo da PM de prontidão no estacionamento da Assembleia Legislativa. (Foto: Marcos Ermínio)
Efetivo da PM de prontidão no estacionamento da Assembleia Legislativa. (Foto: Marcos Ermínio)
Militares circulando no interior da Casa de Leis. (Foto: Marcos Ermínio)
Militares circulando no interior da Casa de Leis. (Foto: Marcos Ermínio)
Dom Roque Paloschi chegando na Assembleia por volta das 14h para depor à CPI. (Foto: Marcos Ermínio)
Dom Roque Paloschi chegando na Assembleia por volta das 14h para depor à CPI. (Foto: Marcos Ermínio)

Inicialmente, o depoimento do presidente do Cimi deveria acontecer no plenário principal da Assembleia, que tem capacidade para receber um público maior. No entanto, a audiência foi transferida para o outro auditório, conhecido como 'plenarinho', onde cabe menos gente.

Com isso, os cerca de 90 indígenas da aldeia Panambizinho, de Dourados, que foram para acompanhar o depoimento, tiveram que ser alocados no saguão da Assembleia Legislativa. No local foi instalado um telão.

A informação é de que o público foi divido para evitar qualquer tipo de manifestação que pudesse desencadear conflitos. Diferente das últimas audiências, o acesso ao plenário foi restrito a algumas pessoas que tiveram prioridade na entrada.

O processo de identificação para ter acesso a reunião causou confusão e inclusive 'gafes' por parte da segurança. Sem saber que precisaria ter uma 'crachá especial', até o arcebispo da arquidiocese de Campo Grande, dom Dimas Lara Barbosa, foi barrado.

Percebendo a situação, logo em seguida, a assessoria da casa tentou reverter o 'mal-estar' e autorizou sua entrada.

O depoente do dia, arcebispo dom Roque Paloschi, chegou por volta das 14h, acompanhado de advogados e integrantes do Cimi. Na entrada, ele não quis falar com a imprensa, mas adiantou que irá responder todos os questionamentos feitos durante a audiência.

A deputada Mara Caseiro (PSDB), presidente da comissão, adiantou semana passada que o depoimento do dirigente será importante para os trabalhos da CPI, haja vista que, na oportunidade, os parlamentares poderão questionar sobre os trabalhos que a entidade realiza em Mato Grosso do Sul, além de solicitar informações detalhadas.

“Vamos pedir para que ele (Dom Roque) divulgue um contexto geral sobre a entidade e depois faça uma explanação de como a entidade surgiu, o que eles pregam e quais os trabalhos realizados no País e em Mato Grosso do Sul. Tudo isso será muito importante para os trabalhos”, completa.

* Matéria editada às 15h30 para acréscimo de informações

Índios da etnia Guarani Kaiowá. (Foto: Marcos Ermínio)
Índios da etnia Guarani Kaiowá. (Foto: Marcos Ermínio)
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